A psicóloga do Instituto Cabo-verdiano da Criança e do Adolescente (ICCA), na Brava, considerou hoje que a situação do abuso sexual na ilha “é preocupante" e os casos têm acontecido com mais frequência na primeira infância.

Rosana Sousa, que falava à Inforpress, alertou aos pais e encarregados da educação a estarem mais atentos e a terem diálogos constantes com as suas crianças, dentro de casa.

Segundo a mesma fonte, os familiares devem estar sempre vigilantes às pessoas com quem os seus meninos convivem no dia-a-dia e também a estarem atentos aos comportamentos dos mesmos.

“Os pais devem dar às crianças vez e voz, tentar também entender o porquê de um determinado comportamento dos seus filhos. É esse o apelo que também fazemos à comunidade educativa a estarem sempre atentos aos sinais das crianças, sendo que em caso de suspeitas não devem hesitar em denunciar”, disse.

Entretanto, sublinhou ainda que o ICCA, em articulação com o Ministério Público, a Polícia Nacional e outras instituições ligadas à protecção das crianças, têm unido forças para que casos do tipo não aconteçam.

Rosana Sousa disse que têm acontecido casos do tipo, situações de agressões sexuais contra as crianças e nestas situações o ICCA tem o dever de garantir a integridade física e apoio psicológico tanto da vítima como dos familiares.

No que tange ao trabalho de prevenção, a responsável avançou que o ICCA tem em curso um plano denominado “Proteja”, a nível nacional, para o combate à violência sexual contra menores, sendo que dentro do programa estão a ser feitas sensibilização nas escolas, jardins e também nas comunidades, mostrando-lhes as consequências que um acto de violação pode trazer à vida de uma criança.

A Semana com Inforpress