sexta-feira, 25 abril 2025
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São Vicente: Mindelenses “preenchem” Avenida Marginal com cartazes e palavras de ordem contra a violência

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Centenas de mindelenses ocuparam hoje a Avenida Marginal, na cidade do Mindelo, ostentados cartazes e proferindo palavras de ordem sobre “mais policiamento, mais acção da justiça e respeito pelos direitos” dos cidadãos.

Na essência desta corrente humana, cuja concentração ocorreu cerca das 11:00 na Praça Dom Luís e depois se estendeu pela Avenida Marginal, está o “sentimento de insegurança” daí, conforme a organização, a luta contra a violência e a exigência de “mais segurança” para São Vicente.

Ao longo do percurso, para além das palavras de ordem, nos cartazes que os manifestantes ostentavam podia-se ler “Queremos segurança!”, “Chega de violência!”, “Justiça que funcione!” e “Presença policial já!”, entre muitos outros.

Entre os presentes, David Leite considerou que a iniciativa dá seguimento a outras acções realizadas com “instinto patriótico” do povo que “quer um São Vicente mais sereno, mais tranquilo e onde as pessoas vivem normalmente”.

“Para turistas passearem à vontade e para que nos deitemos nas nossas camas sem pensar que ladrões vão entrar para nos assaltarem”, lançou David Leite, para quem o maior problema não é a criminalidade, mas sim a impunidade.

Uma opinião partilhada por outra participante, que considerou existir neste momento “muito descaramento” da parte dos meliantes por terem a noção que a justiça não está a ser aplicada.

Em representação do movimento Sokols 2017, que estimulou a realização da corrente humana, Salvador Mascarenhas congratulou-se pela “boa adesão” já esperada.

“Mas agora o mais importante é não ficar por aqui e continuar esse trabalho. Temos um núcleo duro e temos que continuar essa pressão, passar essa mensagem e fazer essas correntes humanas, porque as coisas em São Vicente têm de mudar”, sentenciou.

Referindo-se a situações de roubos e de tráfico de estupefacientes, Salvador Mascarenhas acredita ser preciso ter “mão dura” sobre essas questões e mudar a legislação lá onde for preciso.

Agora como próximo passo, o movimento conta reunir com as autoridades para verem as soluções e investir numa "acção proactiva e preventiva”.

 

A Semana com Inforpress

Cuxim
Mindelo Refém: Quando o Estado Falha, o Povo Tem de Se Levantar
Perante o que está a acontecer em São Vicente, é impossível manter-se calado. A população mindelense está literalmente a viver encurralada – refém de criminosos, delinquentes e traficantes que tomaram conta das ruas, dos bairros e da noite. E o pior? As instituições que deviam proteger os cidadãos parecem ter entrado em coma. A autoridade do Estado, essa sim, é que está desaparecida – não os ladrões.

É um escândalo ver a passividade das entidades competentes enquanto os meliantes desfilam com arrogância, conscientes de que a justiça ou dorme ou foi cooptada. Não é só crime, é um teatro de impunidade permanente. E, convenhamos, isso já não é apenas um problema de segurança – é um colapso ético, social e político.

Se o Estado continua ausente, se os tribunais continuam cegos e a polícia continua a chegar depois do enterro… então a solução tem de vir de quem sente na pele o medo todos os dias: o povo. Já passou da hora de organizar brigadas civis de vigilância comunitária – não como substitutos da polícia, mas como último reduto da dignidade e da auto-defesa popular.

Chame-se como quiser: vigilantes, comités de bairro, patrulhas populares. O nome pouco importa. O que importa é expulsar essa corja que tomou conta do espaço público e extirpar o cancro da criminalidade e da droga, antes que São Vicente se torne num território perdido.

E não venham com falinhas mansas sobre direitos dos criminosos. Quem não respeita a vida dos outros não pode reclamar protecção. Quem transforma bairros em zonas de guerra perdeu o direito ao silêncio cúmplice da sociedade.

Portanto, força àqueles que marcharam com cartazes na Marginal. Mas agora é tempo de dar o passo seguinte: organização, firmeza e acção contínua. Se o Estado não vem, que venha o povo com coragem e disciplina. Porque Mindelo não vai morrer às mãos de bandidos. Não enquanto houver um mindelense de pé.

E mais: quem não se organiza, é esmagado.

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