sexta-feira, 18 abril 2025

A ATUALIDADE

São Vicente: ICCA e parceiros buscam melhoras práticas para melhorar saúde mental dos jovens e adolescentes

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O Instituto Cabo-verdiano da Criança e do Adolescente (ICCA) juntou hoje parceiros, no Mindelo, para debater, em mesa-redonda, a importância de trabalhar a saúde mental para que os jovens não se tornem vulneráveis a práticas ilícitas.

Segundo a delegada do ICCA para as ilhas de São Vicente e São Nicolau, Diva Gomes, a mesa-redonda, que tem como tema central “Conexões perigosas: saúde mental e sua Influência na delinquência juvenil", é uma forma de mostrar que intervenções precoces podem ajudar a melhorar a saúde dos jovens e adolescentes, bem como prevenir comportamentos delinquentes.

O debate decorre ao longo do dia de hoje, no Auditório Onésimo Silva, no Mindelo, e, para além do ICCA, participam especialistas da Universidade do Mindelo (Uni-Mindelo) e da Sociedade dos Médicos Cabo-verdianos nos Estados Unidos.

“A saúde mental é elementar no desenvolvimento emocional e psicológico dos jovens e adolescentes, e muitas vezes ela é negligenciada e estigmatizada, daí a necessidade de debater o tema”, reforçou a delegada do ICCA, no Dia Mundial da Saúde.

Até porque, continuou, a falta do apoio adequado, a exclusão social e a violência doméstica ou o abandono acabam por contribuir no surgimento de doenças mentais, ou seja, problemas como a depressão, a ansiedade e transtornos de personalidade ou comportamentais.

“Felizmente não têm sido muito os casos, mas, sim, temos deparado com algumas crianças com problemas de saúde mental”, frisou.

No final do debate serão partilhadas as conclusões para a melhoria da saúde mental dos jovens e adolescentes, baseada numa reflexão geral que produza recomendações tendentes a melhorar as práticas, segundo a delegada do ICCA para as ilhas de São Vicente e São Nicolau.

A Semana com Inforpress

jacobino vicente
Depois de promoverem a delinquência, querem chamar-lhe doença? O Estado e os pais falharam – ponto final.
Olha… é preciso ter lata. Agora vêm com mesas-redondas sobre “conexões perigosas” entre saúde mental e delinquência juvenil como se estivéssemos todos esquecidos de quem deixou os jovens à deriva durante décadas de desgoverno e abandono estrutural?

Deixem-me dizer isto sem panos quentes: durante anos, o Estado lavou as mãos da educação, da autoridade, do exemplo e da ordem pública. Famílias inteiras foram empurradas para a precariedade, bairros esquecidos sem presença das instituições, escolas viradas em depósito de crianças, sem acompanhamento, sem psicólogos, sem assistentes sociais, e agora querem colar o rótulo da “doença mental” aos miúdos que andam por aí à nora, a roubar motas ou a fazer asneiras?

Isto é um insulto à inteligência das pessoas sérias.

Agora querem romantizar a delinquência juvenil com chavões sobre “saúde mental”? Desculpem, mas o que há aqui é uma falência total da autoridade e da responsabilidad e dos adultos – tanto nas famílias como no Estado. Fizeram******. Permitiram o crescimento de uma geração sem orientação, e agora que estão a colher os frutos podres, querem dizer que os miúdos são doentes? Doentes, ou apenas vítimas do vosso desleixo político e moral?

É que não estamos a falar de casos isolados. Estamos a falar de um sistema que incentiva a irresponsabilid ad e, onde o castigo desapareceu, onde a indisciplina é desculpada, onde tudo é “trauma”, onde não se exige nada nem se educa para o bem comum. Isto, sim, é uma incubadora de delinquência.

E atenção, que não estou aqui a negar os reais problemas de saúde mental que muitos jovens enfrentam. Mas não misturem tudo no mesmo saco para escaparem à vossa culpa. Não transformem a delinquência provocada por más políticas públicas em patologia. Isso é uma forma perversa de varrer a vossa responsabilidad e para debaixo do tapete.

Portanto, antes de fazerem mais mesas-redondas, olhem bem para as políticas públicas dos últimos 20 anos. Vejam como destruíram a autoridade moral das escolas, como permitiram que as famílias se desfizessem, como deixaram os bairros sem alternativas reais de vida digna. Só depois disso — e com muita humildade — é que deviam abrir a boca para falar em “prevenção”.

Porque a verdade é esta: depois de anos a alimentar a delinquência juvenil com políticas frouxas, agora querem que os miúdos sejam diagnosticados como “doentes”? Não sejam cínicos. A doença está é no vosso modelo de governação.

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Opiniões e Feedback

luis abreu
7 days 13 hours

continue assim sr. ministro demorou sim demorou mas nunca é tarde para é nossa terra de esperança bem haja Jorge Figueired ...

Guineense
8 days 12 hours

Ah pois, claro... a Guiné-Bissau não tem patrulheiros com mais de 20 metros, não consegue controlar a pesca ilegal na sua ...

Cuxim
8 days 12 hours

Perante o que está a acontecer em São Vicente, é impossível manter-se calado. A população mindelense está literalmente ...

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