Um tipo de tamareira que se supõe já só existir em Cabo Verde é apontada por cientistas como uma potencial ajuda para árvores semelhantes se adaptarem às mudanças climáticas e outros problemas, segundo uma publicação especializada.
“As palmeiras tamareiras isoladas em Cabo Verde surgiram a partir de uma espécie economicamente importante e ‘domesticada’ no planeta (Phoenix dactylifera)”, plantada no arquipélago.“Uma ou algumas sementes de tâmara escaparam do seu bosque”, especula Cid Vian, voaram para campo aberto e “sustentaram-se na areia e na terra seca de Cabo Verde”.
“Com a propagação de doenças e as alterações climáticas, os investigadores podem explorar a espécie selvagem das ilhas em busca de recursos genéticos para lidar com as diversas ameaças às tâmaras, no resto do mundo”, escreve o portal Science News sobre a investigação.
O trabalho foi publicado no portal da fundação New Phytologist, em fevereiro, por um grupo de cientistas que inclui Jerónimo Cid-Vian, dos Reais Jardins Botânicos do Reino Unido, citado no artigo.
Com base numa análise de ADN de um pedaço do espécime original de 1934, guardado por um botânico francês itinerante para definir a espécie, os cientistas concluíram que a tamareira de Cabo Verde (Phoenix atlantica) é afinal “prima” de uma outra bem conhecida.
“As palmeiras tamareiras isoladas em Cabo Verde surgiram a partir de uma espécie economicamente importante e ‘domesticada’ no planeta (Phoenix dactylifera)”, plantada no arquipélago.
“Uma ou algumas sementes de tâmara escaparam do seu bosque”, especula Cid Vian, voaram para campo aberto e “sustentaram-se na areia e na terra seca de Cabo Verde”.
“Saber que há um primo próximo que se tornou selvagem em Cabo Verde pode animar os criadores da espécie comercial”, indica a publicação científica.
Por outro lado, a descoberta levanta questões sobre a designação científica da árvore e a sua classificação como espécie, referiu Cid-Vian.
A palmeira tamareira tem “forte importância cultural e ecológica” em Cabo Verde, pelo que os taxonomistas, especialistas em conservação e os residentes da ilha devem conversar.
“Estamos a trabalhar para fazer exatamente isso”, referiu à Science Now.
A Semana com Lusa
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