A justiça militar russa condenou esta quinta-feira o ex-vice-chefe do Estado-Maior Vadim Shamarin a sete anos de prisão por corrupção, a primeira sentença contra um oficial de alta patente desde que, há um ano, foi feita uma 'purga' no exército.
O oficial russo, acusado de receber subornos que totalizaram 36 milhões de rublos (cerca de 385 mil euros), terá de cumprir a sua pena numa prisão de segurança máxima e foi também despojado da sua patente de tenente-general, informou a agência de notícias russa Interfax, citada pela congénere espanhola Efe.
Shamarin, que era chefe do gabinete geral de comunicações das Forças Armadas, foi detido em maio do ano passado sob a acusação de receber subornos de uma empresa fabricante de telefones para inflacionar o valor de certos contratos.
O general, que foi afastado das suas funções após a sua detenção, admitiu ter recebido 19 milhões de rublos (cerca de 203 mil de euros), mas negou que o dinheiro fosse um suborno.
No entanto, o Tribunal Militar de Moscovo considerou-o culpado de aceitar dois subornos avultados.
Além da pena de prisão, o tribunal proibiu-o hoje de exercer cargos em instituições estatais russas durante sete anos.
No ano passado, as altas patentes militares russas foram abaladas por uma série de detenções e condenações em casos de corrupção.
Mais de uma dezena de altos oficiais militares foram detidos no âmbito da maior 'purga' do exército russo dos últimos anos, que começou em abril de 2024 com a detenção do vice-ministro da Defesa, Timur Ivanov, braço-direito do ex-ministro da Defesa russo, Serguei Shoigu.
Shoigu foi demitido em maio do ano passado, depois de ter ocupado o cargo durante 12 anos.
A mais recente detenção foi feita no início de abril: o chefe da direção de inspeção de construção do Ministério da Defesa russo, Yuri Kozhévnikov, também acusado de aceitar subornos.
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