sexta-feira, 20 setembro 2024

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PM cabo-verdiano deverá visitar Espanha a par de fórum empresarial

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O primeiro-ministro cabo-verdiano deverá deslocar-se brevemente a Espanha e os dois países deverão promover um fórum empresarial, anunciou hoje o chefe da diplomacia do arquipélago.

“Proximamente contamos fazer algumas deslocações importantes, do nosso primeiro-ministro, a Espanha”, referiu Rui Figueiredo Soares, no final de uma reunião entre delegações dos dois países nas instalações do Ministério dos Negócios Estrangeiros, na capital, Praia, em que recebeu o homólogo Jose Manuel Albares.

O chefe da diplomacia espanhola está hoje a realizar uma visita de algumas horas ao arquipélago.

Ulisses Correia e Silva encontrou-se com Pedro Sanchez “durante a Cimeira para a Paz na Ucrânia”, realizada na Suíça, no último fim-de-semana, “e os dois chefes de Governo tiveram oportunidade de referir a importância desta troca de visitas, antecedida de um fórum empresarial”, referiu Rui Figueiredo Soares.

Albares disse, no final do encontro de hoje, que o país quer consolidar-se como parceiro comercial estratégico de Cabo Verde nas áreas das pescas e turismo.

Espanha quer continuar a ser um parceiro comercial estratégico para Cabo Verde e, com esse objetivo, vamos desenvolver os nossos intercâmbios em setores chaves nos quais tem contribuído para o desenvolvimento da economia cabo-verdiana, como turismo e processamento de pescado”, referiu.

No encontro, foi abordada a situação da unidade de processamento de pescado liderada pelo grupo espanhola Atunlo, com 210 trabalhadores, em São Vicente, em vias de fechar, na sequência de dificuldades da empresa mãe.

“Abordámos [o assunto] num contexto amplo que é este do desenvolvimento económico e investimento de Espanha, que é benéfico para os dois países. Há grande interesse das nossas empresas”, referiu.

Às vezes surgem situações concretas que há que resolver e, desde logo, o Governo de Cabo Verde tem a melhor vontade de o fazer”, acrescentou Albares, sem mais detalhes.

A Atunlo começou a fazer despedimentos em janeiro, em Espanha, onde iniciou um processo de falência voluntária em maio.

Na ilha de São Vicente, as atividades foram suspensas em fevereiro, com os trabalhadores colocados em 'layoff' a receber metade do salário durante quatro meses – prazo que termina sábado, com o sindicato do setor a questionar o futuro.

O governante espanhol disse que o país está “consciente” da importância da economia azul, assim como do turismo para Cabo Verde, prometendo um “compromisso firme” e apoio sustentável ao arquipélago.

Espanha é o primeiro cliente das conservas enlatadas de Cabo Verde e o segundo fornecedor geral do arquipélago, dentro da UE, além de o arquipélago ser o terceiro destino dos investimentos espanhóis na África subsaariana.

A visita de Albares serviu também para convidar Cabo Verde a estar representado a alto nível na 4.ª Conferência Internacional sobre Financiamento do Desenvolvimento, que terá lugar no início de julho de 2025, em Espanha – segundo decisão tomada pelas Nações Unidas em fevereiro.

O evento pretende mobilizar políticas e recursos da comunidade internacional para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Agenda 2030, a nível global.

“Propusemos ainda cooperação em matéria de direitos humanos, incluindo de política exterior feminista e direitos das pessoas LGBTI [lésbicas, gays, transexuais, bissexuais e intersexuais]”, acrescentou.

O líder da diplomacia espanhola aludiu ainda à vizinhança em termos de águas territoriais (por via das ilhas Canárias, a nordeste de Cabo Verde), assinalando a “questão extraordinariamente sensível” da segurança marítima.

O país ibérico tem contribuído para a formação da unidade de operações especiais do exército cabo-verdiano, para “garantir a segurança marítima que também interessa muito diretamente a Espanha”.

Segundo o ministro dos Negócios Estrangeiros cabo-verdiano, ambos os países discutiram ainda “o apoio a candidaturas recíprocas, tanto de Espanha ao Conselho de Segurança das Nações Unidas como de Cabo Verde, num futuro próximo, ao Conselho dos Direitos Humanos”.

Depois do encontro das delegações, Jose Manuel Albares foi recebido em encontros de cortesia pelo primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, e pelo Presidente da República, José Maria Neves.

A Semana com Lusa

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Colunistas

Opiniões e Feedback

joao neves2
7 days 19 hours

Porquê que as eleições têm de ser realizadas apenas num Domingo? O Governo não pode conceder tolerância de ponto?

D. G. WOLF
16 days 14 hours

A Guiné-Bissau é uma espinha atravessada na garganta dos cabo-verdianos.

JP
20 days 16 hours

hehehe SATANÁS ta inspeciona DEMONIOS hehehe Só trossa propi

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