quarta-feira, 18 dezembro 2024
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Retornados: os Anjos Caídos comas eleições de 1 de dezembro 2024

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Os retornados, renegados e excomungados do império para Cabo Verde, que, por força do destino, foi transformado em estado república de segunda classe a partir dos anos noventa do século que foi, a contar os XX de revanchismo sem igual, com políticos administrativos de triste memória que desapropriaram, desfalcaram, falaciaram e, por último, corromperam-se.

Por Péricles Tavares

 

Os candidatos, digníssimos concidadãos naturais nas concelhias, vocês não foram punidos de forma direta, mas sim apenas aqueles, os indiciados cúmplices, trogloditas, aproximados ao mandarino crioulo, o agente incumpridor tirano na chefia dos anjos caídos.

 

 

Anjos caídos, onde o povo, atento e resoluto, deu resposta cabal pela negativa à teimosa intenção de continuidade, com a ajuda do chefão e dos seus diabretes súbditos a primeiro de dezembro, fim de ano, de 2024. Um vigoroso esticão de orelha deveria servir de aviso e convite à demissão em bloco dos empecilhos governantes, sendo a razão simples e inequívoca: o povo exige o poder de volta, basta de tirania e sacanagem. 

As eleições autárquicas, concluídas com civismo e sabedoria do povo, pela perplexidade dos anjos caídos, passou a convicção histórica abnegada da nação cabo-verdiana em duas dimensões, onde os residentes e demais achados nos países de acolhimentos sempre presentes nas decisões favoráveis, e também nas menos dignas, para o engrandecimento e prosperidade de Cabo Verde, custe o que custar, e eis-nos aqui! 

Cabo Verde, onde o poder do povo, a soberania e tudo mais que existe, sempre será pertença da república e bens e valores do povo, e onde não haverá condicionalismo para a continuidade e oportunidade para mais saques e esbanjamentos pelos amaldiçoados anjos caídos.

O povo de Cabo Verde, uma nação generosa, sabia de forma peculiar, combativa, quiçá tempestiva, e decifradora do momento certo para aparecer em massa para aniquilar os algozes tiranos. Oxalá que seja pelo caminho das urnas ao depositar o voto, e não sobrar para fora de questão a participação com absoluta imprevisibilidade de ânimo popular.

Os candidatos, digníssimos concidadãos naturais nas concelhias, vocês não foram punidos de forma direta, mas sim apenas aqueles, os indiciados cúmplices, trogloditas, aproximados ao mandarino crioulo, o agente incumpridor tirano na chefia dos anjos caídos.

De facto, a democracia do voto livre e secreto cumpriu-se. O povo participou, venceu e desfez-se do cabresto. Foi um tempo curto expectável e de muita festa, uma oportunidade repetitiva temporal de disputa entre poucos, a merecer confiança de muitos inconformados, desalentados e desesperançados deste pais inospedeiro, a pátria dos cabo-verdianos, doação do imperialismo portugalense.

Durante o tempo que durou a campanha eleitoral, o Estado, em toda a sua extensão administrativa e governativa, forçava a paragem, ou seja, o normal funcionamento dos órgãos diretivos. Os anjos caídos, na vã tentativa de esconder o sol com a peneira, calcorrearam os recantos para encantar na terra territorial de todos e convencer os necessitados, infestados pelo desdém e pela miséria que insiste e persiste por vontade propositada, ou então por mera incompetência governativa.

A televisão nacional no dever de informar, apresenta um Cabo Verde real, piolhoso, por baixo do olhar do impiedoso anjo caído tentador, na distribuição dos pecados, com a promessa de melhores dias que faz costume do dia a dia do povo destas Ilhas fustigadas pelas intempéries naturais, dos oligarcas alfabetizados funcionários, e dos trinados no processo de corromper e ser corrompidos. 

A democracia é um pecado, um erro de percurso político que não realiza o sonho de desenvolvimento nutricional social sustentável. Antes, a educação que prepara o homem novo militante da república para iminentes desafios como sanear a pegada do alheio, pertença dos naturalistas e nacionalistas audazes batalhadores contra os maus servidores públicos que somam uma legião de anjos caídos.

A nação cabo-verdiana vencedora das eleições autárquicas em todos os ciclos             eleitorais de forma unânime, ordeira e determinada na mudança pela punição aos anjos caídos dotados de falsidade e injúria a todo o nacional. 

A abstenção foi superior ao desejável e carece de estudo demográfico, que tem haver com o processo emigratório e imigratório entre ilhas, um encrave que condiciona a fixação dos originários ilhéus concelhios, tais como: a transferência da intenção de voto constantes nos cadernos eleitorais; a falta de condição logística financeira e meios de mobilidade do cidadão eleitor; o exercer do voto antecipado por correspondência; o prescrever da norma que anima a votar para satisfazer os direitos; as obrigações, segundo a constituição do estado república de direito, uma medida aceitável.

O Estado repúblico segue cambaleante, dopado de ignorância governativa, e que poderá tombar a qualquer instante. O poder político está desmiolado de ideias, sem discernimento, nem carisma, e desgoverna, anda às arrecuas, enquanto o povo apupa contra a presença dos anjos caídos! 

O mesmo povo que geme na zona segue no silêncio com medo do governo por ele empoderado, e merece a libertação de quem livre de poder tem. A diáspora patriota deve agir, combater a tirania, preparar para alimentar o povo para a derradeira derrota no campo de honra recorrendo ao voto secreto universalista para direcionar a redenção da (rés)pública.

A diáspora nacionalista está no pleno direito de participar nos destinos administrativos da nação, custe o que custar, fora de conceito de paridade, um direito inalterável e inadiável nas próximas eleições legislativas. Basta de promessas vazias, uma oferta dos anjos caídos de má catadura. Basta de sustentar asnos a pão de ló.

A democracia é um chavão da civilização ocidental, assim como a religião dominadora do povo pagão à escravatura do gentio. A libertação possível é pela via alternativa necessária, através do culturalismo, pela instrução e ensino, projetando para longe o espírito de servilismo doutrinário, dualista dos anjos caídos.

A democracia é um eclipse político que se manifesta entre o povo e o progresso social, deitando abaixo certos princípios nefastos que atrapalham a nossa vivência coletiva, debelando a fome e todo o tipo de carência social, sendo este um tremendo desafio, uma tenaz luta contra os anjos caídos, os oligarcas insaciáveis, recuando para a reconstrução do estado moderno.

Na República dos cidadãos, ninguém vai ou fica só, sendo uma força solidária que segue o seu caminho com altivez à conquista do mundo, o nosso mundo, na igualdade do bem-estar comum, com a felicidade como benefício do trabalho orientado e planificado na base da ciência e tecnologia sob dominação dos jovens patriotas presentes legítimos e dignos continuadores para eternizar Cabo Verde, a glória das gerações, retornando os anjos caídos à procedência! Apostolados da independência, tiveram a oportunidade muito dificultada na construção e organização do estado a partir da estaca zero, ainda em descoordenação e de descontrolada construção.

O desmoronamento dos pilares do estado é que o implante da democracia como sistema de governo antidemocrático promotor de tachista, clientelista, corrupto e hipócrita, com vendilhões covardes a coabitar na pátria de Péricles e de todos os dedicados filhos da mãe parida destas Ilhas vulcânicas, hoje de bendito a maldito Cabo Verde.

Com anjos caídos astuciosos e arrebatadores da esperança sonhadora da juventude nacionalista em duelo pela sobrevivência, a juventude cabo-verdiana torna-se um produto “vendido” ao desbarato. O necessário seria possuir um corpo fechado para fazer frente ao angélico corpo rijo.

A democracia em todo o percurso histórico jamais atingiu o pico de desenvolvimento sustentável, com o povo a viver no obscurantismo no limiar da pobreza, o que favorece os tiranos da governação, uma forma de dominação e prolongamento no poder em entendimento alternado, que faz morada em Cabo Verde, dos anjos caídos a 13 de janeiro daquele ano de 1990 da triste lembrança agora censurada e condenada pelo povo no passado primeiro de dezembro de 2024 (dois mil e vinte e quatro), no fim de mais um ano de desgraça. Pacóvios!!!

Segundo a lenda, do povo não reza a história. Na verdade, o crioulo destas Ilhas atlânticas está a escrever um percurso histórico invejável, uma nova história processual, com os anjos caídos recambiados em definitivo para os sítios viciados, o velho império, e que de lá não deveriam sumido.

O autor da letra cumprimenta muito fraternalmente e deseja a todos os concidadãos um feliz natal em família e um novo ano que se aproxima com votos de prosperidade, com justiça, saúde, em absoluta segurança e com uma decisão assertiva futura. Viva 2025!

 

Cidadela, 07 de Dezembro de 2024

 

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