Um leitor, de muito humor, ligou para o Radar para fazer um desabafo, por considerar que a «República está entregue à bicharada». Fundamentou que o país assistiu, esta semana, vários galos em altos poleiros, com responsabilidades em órgãos da soberania, a cantarem, sem o mínimo sentido do Estado. Lamentou que o mais grave partiu do Presidente da Assembleia Nacional, que posicionou-se contra a intervenção da comunidade internacional em prol da paz e estabilidade política na Guiné-Bissau. Conclui que um incidente diplomático só não aconteceu porque o Governo, através do ministro dos Negócios Estrangeiros, desautorizou Jorge Santos, reafirmando o seu alinhamento com a posição assumida pela CEDEAO, União Africana, União Europeia, Nações Unidas e CPLP, reconhecendo o governo legítimo de Aristides Gomes. Mesmo assim está tendo consequências politico-diplomáticas. Para o país inteiro, foi realmente feio esse desnorte – falta de sintonia – entre os dois órgãos da soberania referidos. Como aconselhou o interlocutor do Radar, o JS, além de precisar de um puxão de Orelha pelo PR, pode tirar o seu cavalinho da chuva: não tem sentido de Estado para concorrer ao cargo de Presidente da República. Fica este aviso!
República Entregue à Bicharada-II?
Mas os dispartes não ficaram por aí. Sempre com antena bem afinada para captar tudo que acontece no país, o admirador do Radar apontou mais um fato diplomaticamente reprovável: O imprevisível ministro da Cultura, com sede de mostrar serviços, entrou em cena, anunciando que a morna é Património Imaterial da Humanidade e que o povo pode festejar. Isto sem que haja a aprovação final da proposta, obrigando a UNESCO emitir um esclarecimento público neste sentido. Pior é que o próprio Presidente da República entrou também em cena, fazendo comentários semelhantes ao do ministro Abraão Vicente. Diante de tudo isto, um quadro do MNE saiu com esta: - Nós, os diplomatas, estamos envergonhados com tudo isto. Caso a proposta não passar na sessão final da UNESCO, como ficarão o PR e o ministro da Cultura? É que, segundo aconselhou, todo o cuidado é pouco, sobretudo quando entra a diplomacia!
MAI desaparecido?
Diante da onda da violência que se regista na Capital, muitos vêm gozando, perguntando, em quase todos os sítios, onde pára o ministro da Administração Interna. Perante ausência de medidas musculadas que mostram a autoridade do Estado para repor a tranquilidade pública na Praia, alguns olheiros atentos questionam se o ministro Paulo Rocha já colocou o cargo à disposição. Cabe ao Primeiro-ministro esclarecer a opinião pública neste sentido. O Radar cumpre apenas a sua obrigação de deixar essa preocupação a quem de direito. Nos boka k asta lá!
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