O Shurijo (castelo de Shuri) na ilha de Okinawa, consagrado Património Mundial da Humanidade em 2000, foi consumido pelo fogo às primeiras horas de 31 de outubro. Mais de cem bombeiros no local não conseguiram salvar a estrutura de mais de 500 anos "devido aos fortes ventos".
A dificuldade em combater as chamas — apesar da presença de mais de cem bombeiros durante doze horas no local — foi explicada por uma fonte policial ao jornal Asahi Shimbun: "Ventos fortes, mas também a estrutura de madeira mais a laca [renovada há pouco] altamente combustíveis explicam esta tremenda destruição".
Esta não é a primeira vez que o castelo datado do século XIII — e que testemunhou seis séculos da história do reino de Okinawa — é consumido pelas chamas.
A mais recente destruição deu-se no período da Segunda Guerra, após diversos bombardeamentos em especial das forças americanas.
Acabada a guerra, três dos principais edifícios foram reconstruídos porque se tinham preservado em mosteiros e outros locais os planos de anteriores reconstruções. Esse cuidado na reconstituição do original foi um dos aspetos valorizados na inscrição pela Unesco do Shurijo como Património da Humanidade em 2000.
Décadas depois do início da sua quarta reconstrução, o castelo foi aberto ao público em 1992.
As autoridades já se pronunciaram sobre a próxima reconstrução, que será a quinta da hsitória d Shurijo.
Soberano deposto em 1879
O Shurijo foi durante séculos o símbolo material da independência do reino de Okinawa ante o poderoso Império do Japão. Mas em 1879, o rei de Oiknawa da dinastia Ryukyu, foi deposto e o reino integrado no território japonês.
O orgulhoso castelo foi então rebaixado a quartel para acomodar as tropas enviadas da nova capital, Tokyo (em vez de Kyoto).
Fontes: BBC/Japan Times. Fotos: O castelo, cuja arquitetura reflete a autenticidade da cultura Ryukyu e influência chinesa nas muralhas, ficou reduzido a cinzas na quinta-feira, 31. Três fotos, à direita, do Shurijo no seu esplendor em 2011.
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