Claude Sinké, de 84 anos e candidato FN em 2015, confessou ter premeditado o incêndio da segunda-feira, 28, da mesquita de Bayonne, no sudoeste de França, para "vingar o de Notre-Dame-de-Paris", há seis meses.
Claude Sinké, de 84 anos e candidato FN em 2015, confessou ter premeditado o incêndio da segunda-feira, 28, da mesquita de Bayonne, no sudoeste de França, para "vingar o de Notre-Dame-de-Paris", há seis meses.
No ato, acabou por disparar tiros e ferir dois frequentadores da mesquita, um de 74 e outro de 78 anos, que o tentaram deter.
O ex-militante lepenista, desde segunda-feira detido preventivamente a aguardar julgamento por atentado terrorista, tentativa de homicídio e crime de ódio, terá agido com base na convicção — sustentada por "teses complotistas" que circulam nas esferas islamófobas — de que o incêndio da catedral de Notre Dame de Paris, em abril, foi um atentado muçulmano e não o acidente que as autoridades já esclareceram como tal.
O crime do octogenário conhecido pelos "excessos verbais" surpreendeu o município onde ele concorreu às autárquicas de 2015 e que se interroga sobre se Sinké não terá enlouquecido.
Mas a avaliação psiquiátrica, que indicou "alguma deterioração das faculdades mentais", não impede o réu de responder pelos seus atos, segundo o Ministério Público comunicou na quarta-feira, 30.
O partido da extrema-direita condenou o atentado perpetrado pelo candidato inscrito nas suas listas em 2015.
A líder da FN/RN, Marine Le Pen, veio no mesmo dia expressar repúdio perante "um ato absolutamente contrário a todos os valores" que o partido defende.
Debate sobre o islamismo
O crime ocorre em pleno regresso do debate, de décadas aliás, sobre o uso do véu islâmico e sobre o lugar do Islão na República Francesa.
Fontes: Le Figaro/AFP/Le Monde/France 24
Terms & Conditions
Report
My comments