O PAICV alertou hoje que, no que tange a  saúde materno infantil  em Cabo Verde, regista-se  fragilidades várias comprovadas por recuo nos indicadores e acontecimentos preocupantes, com riscos de comprometimento do  futuro esperançoso que se almeja, apesar de ganhos de décadas conseguidos na área.

Segundo a dirigente Ana  Paula Moeda,« continua-se  a registar mortes maternas pouco esclarecidas, mães a terem filhos com problemas», por deficiente acesso e seguimento de consultas pri-natais, sobretudo por falta de meios de diagnóstico apropriados.

No momento em que se comemora o dia  Dia Mundial da Saúde, sob lema «Inícios Saudáveis, Futuros Esperançosos", Moeda indicou que «continua-se  a registar óbitos infantis principalmente peri-natais e em  prematuros com níveis e contornos preocupantes», com destaque para  os casos ocorridos nos últimos tempos.

Perante esta situação, em vários pontos do país, com indícios de algum retrocesso, diversos questionamentos e desafios, este membro da Comissao Poltica Nacional do PAICV  defende ser  prioritários a recuperação dos indicadores  e novos ganhos no sector e questionanou:

- Temos profissionais especializados em saúde Materno Infantil e nas áreas de ginecologia e obstetrícia, em número suficiente no País para dar a devida cobertura e evitar estas situações já referidas?

- Estão a ser criadas condições e facilidades para médicos e enfermeiros se especializarem nas áreas de doenças da mulher, bem como as áreas pediátricas entre as quais a neonatologia?

- Os espaços atuais dedicados à saúde materno infantil bem como os equipamentos, nomeadamente berço, incubadoras/estufas, aspiradores e outros meios de assistência aos pacientes, são os mais ajustados às necessidades atuais e de segurança e higiene hospitalar de acordo com os padrões recomendados?

- Os profissionais de saúde precisam urgentemente de mais e melhores condições de trabalho para poderem exercer cabalmente a sua atividade profissional?

Percusro e mais cuidados de saúde de qualidade

"Temos orgulho dos nossos profissionais de saúde em Cabo Verde que lidam diariamente com dificuldades de vária ordem, desde a falta de condições de trabalho como de regularização e incentivos na carreira", destacou.

Ana Paula Moeda, que é também deputada da nação, defendeu que é  preciso garantir serviços e cuidados de saúde de qualidade a todos os cidadãos, independentemente da sua condição sócio-económica no âmbito da cobertura universal da saúde em todo o ciclo da vida.

Lembrou que um dos primeiros programas de Saúde criados logo após a Independência foi o Programa Materno Infantil e de planeamento familiar, em 1977, o famoso e tão conhecido PMI/ PF a nível nacional.

“Para chegarmos aos dias de hoje, foi um longo percurso e muitas lutas foram travadas pelas Vidas das Mães e das nossas crianças. Reduziu-se significativamente as mortalidades Materno e Infantil, aumentou-se as coberturas das consultas e seguimento Pré Natal , bem como a cobertura vacinal através do programa PAV- programa alargado de vacinação, reduziu-se as doenças diarreicas, promoveu-se o aleitamento materno exclusivo, entre muitas outras medidas de politicas públicas de Saúde que se traduziram em grandes ganhos e determinaram o desenvolvimento do sector da saúde com reflexos positivos na população. Podemos dizer que a promoção da Saúde Materno Infantil é um caso de sucesso em Cabo Verde e reconhecido internacionalmente.”, destacou.

A mesma  fonte dirigiu uma palavra de apreço e conforto às vítimas do triste acidente ocorrido em Sta Catarina, mais concretamente em Chã de Tanque, que abalou os familiares, o Município inteiro e a sua Edilidade e, consequentemente o País!

“Particularmente aos jovens estudantes e condutores, vai  a nossa Solidariedade e o desejo de rápida e saudável recuperação”, concluiu Ana Paula Moeda.