sexta-feira, 22 novembro 2024

E ECONOMIA

Livro de reclamações ainda é desconhecido em Cabo Verde

Estrela inativaEstrela inativaEstrela inativaEstrela inativaEstrela inativa
 

O livro de reclamações que dá voz aos consumidores entrou em vigor desde 28 de Maio, mas ainda é pouco conhecido pelos cabo-verdianos. Maugrado os vários anúncios feitos na rádio e na televisão, as instituições que prestam serviço público, mormente os trabalhadores dos estabelecimentos comerciais, restauração ou bar, nunca ouviram falar do tal "livrinho".

"Asemanaonline" saiu à rua e fez uma visita a vários estabelecimentos da cidade da Praia e arredores e pôde constatar que mais de metade dos estabelecimentos não possuem o livro. Uma realidade que ainda mais palpável nas outras ilhas, quanto mais longe do centro de decisão (Praia), pior.

Durante a sua reportagem este diário digital pôde constatar que o livro que está à venda em todos os Correios do país bem como na Imprensa Nacional (Praia) por 1200 escudos, muita das vezes é alterado ou improvisado. Ou seja, os estabelecimentos fazem o seu próprio livro de reclamações, ou então improvisam.

O livro de reclamações surge em defesa dos direitos do consumidor, uma vez que permite a resolução dos conflitos entre os fornecedores de bens ou prestadores de serviços e os consumidores no próprio local da sua ocorrência.

Ao solicitarmos o referido livro nalguns estabelecimentos é visível o descontentamento dos funcionários, o que implica uma recusa parcial na entrega do mesmo. Tudo isso leva a crer que os funcionários também não entendem exactamente a utilidade do livro de reclamações e às vezes recusam a entrega – lo.

Uma facto que este jornal diário apurou é que o modelo do livro de reclamações, bem como o modelo do letreiro a ser afixado nos estabelecimentos de bens e prestadores de serviços, em local bem visível e com caracteres facilmente legíveis, indicando a existência do Livro, também é ignorado. Muita das vezes o livro está com os gerentes ou num outro escritório qualquer.

"Asemanaonline" também quis saber a opinião dos consumidores, mas a maioria desconhece o modelo do livro de reclamações. Os que conhecem começam a reclamar da inexistência do mesmo nos estabelecimentos comerciais.

Numa declaração a este jornal online, Karine Rendall, Tecnica superior do Conselho Nacional do Consumo do Gabinete do Ministro Adjunto e da Juventude e Desporto, adiantou que ainda nem todos os estabelecimentos comerciais adquiriram o livro, porque a medida ainda se encontra na 1ª fase, que é de informação e implementação. Mas que já nos próximos dias as várias entidades que estão a trabalhar neste processo começam a fiscalizar se o livro está ou não a funcionar.

As entidades que trabalham neste processo são os exemplos, a Agência Nacional das Comunicações (ANAC), a Agência de Regulação Económica (ARE), e a Inspecção-geral das Actividades Económicas (IGAE).

Cada uma dessas instituições possuem livros de reclamações diferentes, desta forma os livros a serem adquiridos pelos estabelecimentos será conforme a natureza económica do mesmo. E assim sendo, cada uma dessas entidades fiscalizadoras terá o seu alvo concreto na hora de inspeccionar. A ANAC, para os serviços ligados às comunicações, a ARE cobrirá a sua área de jurisdição, IGAE idem.

Sendo que o livro de reclamações é obrigatório, cabe a estas entidades fiscalizar os estabelecimentos que lhes compete inspeccionar. Caso houver alguma loja que não cumpra esta regra será feita uma contra-ordenação. Um estabelecimento comercial singular pode instaurado de 25 mil escudos a 350 mil escudos de multa. Se for uma casa comercial colectiva pode acarretar com uma multa que vai de 25 mil escudos até 3 mil contos, diz Karine Rendall.

Nicolau Centeio/ Nadine Gomes

120 Characters left


Colunistas

Opiniões e Feedback

David Dias
9 days 20 hours

Todos querem ser escritores. Todos, todos, todos.

António
11 days 19 hours

Descilpem, mas os antigos reformados não vivem assim, pois pensões não foram atualizadas.

António
19 days 18 hours

Quando as eleições terminarem fiscalize essas construções em russ estreitas e que são autenticas autenticas bombas

Pub-reportagem

publireport

Rua Vila do Maio, Palmarejo Praia
Email: asemana.cv@gmail.com
asemanacv.comercial@gmail.com
Telefones: +238 3533944 / 9727634/ 993 28 23
Contacte - nos