Os cabo-verdianos reconhecem o trabalho da Polícia Nacional ao longo dos seus 155 anos de serviço em Cabo Verde, mas apontam também desafios que a corporação ainda precisa superar, sobretudo no que toca à abordagem e combate à criminalidade.

Os entrevistados ouvidos pela Inforpress consideram que a Polícia Nacional (PN) deve melhorar a forma como aborda os cidadãos, evitando atitudes que possam intimidar ou causar medo à população.

Segundo Joel Tavares, “há situações em que as pessoas se sentem constrangidas com certas abordagens, e isso precisa ser revisto para reforçar a confiança entre a polícia e a comunidade”.

Diana Moreno, por sua vez, destacou o esforço e o compromisso dos efetivos, mesmo perante as limitações existentes, sublinhando que a polícia tem feito um bom trabalho, com os meios que tem, e que hoje até as crianças já não têm medo da polícia como antigamente. 

Zezito Xavier criticou também a morosidade na resolução de casos e queixas, sublinhando que isso contribui para a sensação de impunidade e desmotivação da população.

Os entrevistados apontaram ainda a necessidade de maior eficácia no combate à criminalidade, defendendo uma presença policial mais próxima e estratégias mais firmes para garantir segurança em todo o território nacional.

Apesar das críticas, os entrevistados felicitaram a Polícia Nacional pelo seu dia, reconhecendo o carácter arriscado e exigente da profissão.

“Ser polícia não é fácil. Eles arriscam a vida todos os dias para proteger os outros, e isso merece respeito e valorização”, expressou Diana Moreno.

A Polícia Nacional completa este ano 155 anos de existência e 50 anos de serviço num Cabo Verde independente, mantendo como missão principal garantir a ordem pública, proteger pessoas e bens e reforçar a segurança em todas as ilhas do país.

A Semana com Inforpress