Nos próximos cinquenta anos, a luta será pelo liberalismo do mercado no cruzamento do atlântico médio pela estratégica geoeconómica internacional. A concentração de interesses, a prevalecer o respeito entre todos, estando sempre presente em Cabo Verde, a pátria eterna dos cabo-verdianos. Pelo merecimento, gozam de privilégio de arbitrar e repudiar para bem de todos e de tudo, de vantagem recíproca comercializável, menos armas destruidoras causadoras de dores, ódio e agitação internacional, e salvaguardar os direitos humanos à vida.
Por Péricles Tavares
Precisamos de vontade política com determinação de quem estiver à frente da chefia do governo estado, do colégio governativo, tendo um só propósito: o de alavancar a economia e torná-la sustentável, visibilizando os setores determinantes e cruciais que permitam alcançar a prosperidade económica em transição com sucesso, e distanciando corruptos, considerando e promovendo meritocratas dignos e honestos à ascensão dos destinos da república.
Cabo Verde é um estado neutral, obedecendo ao princípio do não alinhamento, um erro na redação da carta magna. Os estados são alinhados naturalmente, que à partida devem sobreviver, explorar e extrair, lá onde a natureza lhe seja favorável, os recursos a transformar pela via alternativa da industrialização e dos setores prioritários, transformando e comercializando o potencial do homem e do mar (como preferência maior), libertando-se do suborno internacional e dos corruptos piolhos da sociedade administrativa nacional.
O desenvolvimento humano começa, necessariamente, pela liberdade de expressão e livre pensamento, pela criatividade científica e reciprocidade de interesses, e pela inovação a bem da felicidade da humanidade.
A inexistência de democracia entre estados sem escola nas relações internacionais, seja a igualdade ou a paz, é recorrer do espírito de supremacia pela submissão, pela razão de um mundo em permanente mudança, pelo desagrado e agravo de tantos.
O mundo de outrora unipolar passa a bipolar, muda para multipolar pela geoestratégica separado por blocos de interesses, uma vertiginosa ameaça à catástrofe nuclear, asfixiante e fatal à escala global, em evidência relâmpago no decorrer do século. Isto exige novos tratados, novas convenções, que em nada contam do tempo de senhores e escravos, e em que nada sai, como nada entra, de graça e onde tudo tem um preço justo através da justiça comercial internacional.
O papel-moeda não vale ouro nenhum, é sinónimo de subjugação e usurpação, está a prazo, e o mundo vislumbra a nova aurora de entendimento nas trocas competitivas.
As nações poderosas com os seus representantes delinquentes, terroristas e disseminadores da guerra pelos continentes, são consequentemente promotoras do caos e do mal-estar da humanidade.
Fora do controlo das normas equitativas e igualitárias, a apelação pela nova prescrição atualizada da carta disciplinar da ONU (Organização das Nações Unidas), falha ao não condenar e não determinar o papel de pacificar de forma arbitral os conflitos entre estados soberanos e países membros para o qual foi institucionalizado.
Ausente nos comportamentos repulsivos de não ingerência, não anexação territorial, não dissuasão, não invasão, não destruição com principal enfoque no Médio Oriente, Gaza, Palestina, Venezuela, no Leste da Europa, ou Ucrânia, por causa de que a emancipação e liberdade dos povos oprimidos se recusam incondicionalmente ao arrebate das suas riquezas minerais existentes no solo soberano.
O mundo despertou da profunda hibernação e combate a nova filosofia e a imposição colonial, levando a uma mudança onde exige a independência real, com uma política económica própria sem recorrer ao uso da força retaliatória criminal.
As hipotecas, os empréstimos a juros altos para o desenvolvimento de um cabresto de difícil libertação, mas que se tentam libertar ainda quando o cabrestão de endividamento é gerido num país de recurso reduzido como é Cabo Verde.
Cabo Verde, de estado pobre a rico, como conseguir? É possível, com a rejeição de condição de subserviência pela planificação de projetos, com um programa de execução a curto, médio e alongado prazo nos próximos vinte e cinco anos e seguintes, com políticas públicas assertivas alternadas, com investimento com critério do ponto estratégico, com criatividade e séria vontade na definição de política, e de absoluta implementação de medidas.
Está à incumbência do governo, com interpelação do povo, de orientar o rumo económico de forma convincente e inteligente, de formas ajustadas à realidade e às necessidades de Cabo Verde, questões fundamentais ao processo de crescimento e desenvolvimento. É preciso investir forte, consciente e decisivamente, seguindo o padrão da inovação e capacitando o homem novo para os tremendos desafios nas áreas infraestruturantes e tecnológicas.
Precisamos de vontade política com determinação de quem estiver à frente da chefia do governo estado, do colégio governativo, tendo um só propósito: o de alavancar a economia e torná-la sustentável, visibilizando os setores determinantes e cruciais que permitam alcançar a prosperidade económica em transição com sucesso, e distanciando corruptos, considerando e promovendo meritocratas dignos e honestos à ascensão dos destinos da república.
Corruptos são os evangelistas da democracia, os demónios do poder!
Cabo Verde tem tudo para ser um estado viável pela industrialização dos recursos marinhos. Devemos ir ao mar, conhecer e saber explorar a dádiva da natureza, e descontinuar o servir de cócoras e lamentar os recursos financeiros por falta de sonhos, sem orgulho de ser cidadão de pertença.
Cabo Verde deveria ser um estado rico, se apenas não tivesse negligenciado o mar, o subaquático com espécies marinhas por descobrir. Poderíamos passar de povo paupérrimo à espera de ser gente, que tem um tesouro guardado que não sabe o que tem, a um povo que conseguiria viver e não apenas sobreviver (e mal). Mas uma coisa que o nosso povo sabe é que tem um governo estúpido que naturalmente precisa ser despedido.
Cabo Verde, estado do mar a beijar o oceano atlântico, merece com absoluta prioridade a fundação da universidade do mar, a ciência voltada para a biologia de antropológica marinha que sirva também os interesses do litoral africano e quiçá do mundo. À juventude da esperança nacional republicana, eis a hora!
Em Cabo Verde, o nosso mar cabe a nós entender, estudar, conhecer, explorar, extrair e transformar com sapiência esta fonte inesgotável de recursos que, pela história de ancestralidade e legado, o cabo-verdiano deve pensar pela sua própria cabeça e não ser um robot cujo comando à distância está sujeito.
No mar circundante e refrescante está a fonte da subsistência do ilhéu cabo-verdiano que padece de pão e água comestíveis e essenciais, a existência da natureza viva.
Habitantes, o ministério do mar, a tutela que pouco entende no concernente ao domínio do dossier, deve negociar tratados de pesca com vantagem para Cabo Verde. O socorro cabo-verdiano centraliza-se no mar, devemos extrair do mar o pescado para proveito próprio assim como para a industrialização e exportação para satisfazer em ração a procriação de animais e enriquecer a cadeia alimentar. Mas, o povo embrutecido sem acesso ainda ao necessário e básico dos cuidados, de salubridade balnear privada e pública não reclama e assim vai o governante as ladainhas.
Cabo Verde é rico em riqueza e valor!
A partir do mar, a priorização dos investimentos para o mar, o homem e a ciência náutica é instrumento necessário como chave do sucesso.
Em tempo aceitável, o cuidado hospitalar, médica e medicamentosa, a educação generalizada, a justiça célere equitativa de absoluta qualidade, é um sonho a realizar no vislumbrar no horizonte marinho.
Devemos renegociar tratados, a aplicação do fisco à burguesia nacional, dar por extinto a subvenção vitalícia a preguiçosos e abastados que se iria refletir no aumento dos salários aos mais necessitados.
Não ao compadrio no tacho, às regalias na função pública, aos agentes-chefes a usurpar oportunidades, ao parlamentar que bajula. Pelo contrário, devemos sim combater a corrupção no poder generalizado instalado, tanto a nível central governativo como local autárquico, assim como todos os notáveis que até ver se acham intocáveis.
Tudo somado, iria tudo contribuir para um Cabo Verde forte e determinado a vencer a difícil, mas possível, batalha, a conquista da segunda independência, desta vez social-económica desenvolvida sustentável de solidariedade conjuntural nacional.
Perante facto, pelo mérito e vontade de todo o nacional sem perseguição de quem e para quem, debaixo da doutrina constitucional, prevaleça a nossa soberania, e a honra seja dada a quem merece, e retirada a quem arrebata pela tirania repressiva do silêncio.
Dois quartos, entre dois séculos, e cinquenta anos da simbólica liberdade, o povo continua refém de um sistema de governo totalitário democrático difuso e de fachada, um estado dirigido por idiotas subservientes. É tempo de mudança, pelo sinal da cruz, em 2026.
Setembro é o mês dos autógrafos, dos fracos curvados perante fortes governantes do mundo inscritos. Falo da reunião anual dos chefes de estado e do governo na capital nova-iorquina, nos Estados Unidos da América, na sede da Organização das Nações Unidas (ONU). Cabo Verde esteve presente na pessoa do primeiro-ministro, cabisbaixo, onde nada de novo ou de positivo, e muito de negativo, esteve a comunicar. Mencionou a desgraça natural, a corrupção alarmante, mas em nada preocupante, com a esperança de angariação de mais dádivas em nome do povo vítima de sempre, sem progresso sustentável.
A colonização continua visível, lá onde teve vínculo pelo idioma, pela religião e pela assimilação dos costumes e da submissão ao patronato, onde se sujeita a punição severa a desobediência.
Cabo Verde goza da pouca sorte de ser uma Maria vai com as outras. Cinquenta anos de laxismo, cinquenta anos de oportunidade perdida, maralha acorda!
Cabo-verdiano, o governante vive de gabarolice, de discurso com ressonância, de elogio de quem sabe enganar, a tornar verídico, o povo vota certo e bota para correr espantado o malandro, 2026.
Viva Cabo Verde república livre!
Cova da Piedade, 24 de setembro 2025
Cidadão/Autor de “Pensamentos de um Cabo-Verdiano.”








Terms & Conditions
Report
My comments