As 60 barracas para o comércio para a 38ª edição do Festival Internacional de Música da Baía das Gatas, que arranca na sexta-feira em São Vicente, já estão todas licenciadas.
Esta Informação foi avançada à imprensa pelo vereador de Gestão Patrimonial e Desenvolvimento Local da Câmara Municipal de São Vicente, Rodrigo Martins.
Segundo o autarca, o palco e o perímetro na Baía das Gatas receberam obras de melhoria, feitas pela câmara, para receber o festival que regressa ao seu “habitat”, dois anos após acontecer nas plataformas meio digitais por causa da covid-19, para homenagear a resiliência dos cabo-verdianos e promover a dinamização económica da ilha de São Vicente.
“Fizemos várias intervenções, melhoramos os parques de estacionamento e também a zona de colocação das barracas. E é interessante dizer que as 60 barracas já estão quase atribuídas, fora o espaço de alimentação que também ainda há muita procura”, avançou Rodrigo Martins, para quem “este é um bom sinal porque um dos objetivos mais importantes do festival é a dinamização da economia local”.
Segundo a mesma fonte, a “elevada procura” para o licenciamento do comércio durante o festival deve-se à diminuição da taxa por parte da câmara que, desta forma, quis incentivar os comerciantes nesta altura de retoma económica.
“No último festival já tínhamos feito e também, para este festival, fizemos a diminuição dos preços das barracas e do espaço de alimentação que levou também ao aumento da procura”, ajuntou o autarca, explicando, por exemplo, que na zona conhecida como Ilha de Madeira o licenciamento de barracas diminuiu de sete mil para cinco mil escudos e também a taxa para roulottes que era sete mil está no preço de quatro mil escudos.
Para as vendedeiras de “balói” também foi criado um espaço, para o qual vão pagar mil escudos cada uma. Trata-se, conforme o vereador, de uma área que possui todas as condições, principalmente de proteção do sol.
Além disso, a Câmara Municipal de São Vicente manteve os preços para licenciamento de carros que transportam pessoas para assistir ao festival.
“Nós optamos por não aumentar as tarifas de transportes. Sabemos que os combustíveis aumentaram e que as transportadoras vão aumentar os preços para os clientes, mas optamos por manter o preço que tínhamos há alguns anos, até porque já tinha sido reduzido. Na altura, uma carrinha era oito mil escudos e os particulares eram mil escudos”, frisou.
O espaço para o festival foi ampliado para que a zona de circulação ficasse livre de forma a ter mais segurança, acrescentou Rodrigo Martins, garantindo que “as obras não interferem na circulação das viaturas e nem das pessoas”.
“Valorizam a área até porque, há zonas que são restritas e que não há acesso a viaturas. Há parques de estacionamento, antes, para as pessoas deixarem os seus carros e circularem a pé. Há corredores para efeitos de segurança que foram criados, juntamente com a Polícia Nacional, em caso de surgir uma emergência para que se possa auxiliar as pessoas”, concretizou.
Conforme o vereador, o palco também sofreu obras de melhoria, recebeu nova cobertura, foi feita a ampliação de uma zona, colocaram uma equipa de arborização na zona, e equipas para calcetamento de ruas e passeios, melhoraram o trampolim que foi vandalizado e a Baía das Gatas está a ficar com uma organização diferente, mais interessante e mais atrativa”.
Conforme Rodrigo Martins todas essas intervenções tem sido um atrativo para levar as pessoas para o festival.
“Eu acredito que vai ter muita gente no festival da Baía das Gatas, não só por causa desta paragem que cria mais ânimo e motivação. Mas isso é importante porque a câmara é a instituição organizadora do festival, mas não faz tudo sozinha, tem vários parceiros e o festival extravasa, a câmara e cai nos braços da própria sociedade e da própria população”, analisou, defendendo que o festival da Baia das Gatas “é um grande atrativo turístico, a nível interno e a nível internacional, e é um dos grandes pratos culturais de São Vicente e de Cabo Verde”.
No entanto, Rodrigo Martins apela à população que preserve o espaço da Baía das Gatas, lembrando que a Baía “não é da Câmara Municipal de São Vicente, nem do Governo pelo que todos têm que cuidar dela”.
“Este festival é uma homenagem à população cabo-verdiana face ao período difícil que nós todos passamos, devido à pandemia da covid-19, e peço que cuidem da Baía das Gatas, nos mais diversos aspectos”, disse o autarca, pedindo ainda às pessoas que deem “melhor tratamento ao lixo, despejando-o nos contentores e não no mar, e que façam uma condução prudente e preventiva, sem abusar do álcool.
Tudo isso, assegurou, são ingredientes para ter um bom festival, porque é uma convivência saudável.
A Semana com Inforpress
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