A comunidade salense apelou hoje,28, a Delegacia de Saúde e a Câmara Municipal do Sal, a agirem no sentido de se encontrar rapidamente uma solução para a problemática dos cães vagabundos na ilha turística.
Numa ronda pelos recantos dos Espargos, a Inforpress constatou que alguns desses animais abandonados à mercê da sua própria sorte e sujeitos a atrozes sofrimentos, não estão doentes.
Porém, outros são sarnentos, apresentam queda do pêlo, têm feridas na região da orelha, nariz e pata, e na sua maioria se acoitam e proliferam nos bairros degradados da cidade, mas também na praia de Santa Maria.
Segundo a mesma fonte, a população que se manifesta inquieta com a situação apela às autoridades a tomar medidas visando pôr cobro à problemática, já que representa um atentado à saúde pública.
Tendo em conta a quantidade de cães na rua, muitos deles velhos e doentes, a maioria das pessoas em desabafo à Inforpress atribuem culpas aos donos que, a uma certa altura, lançam os seus cachorros ao abandono.
Entretanto, entendem que a solução seria sacrificar estes animais ou depositá-los num canil.
Confrontado com o problema, o delegado de Saúde, José Rui Moreira, para quem a situação é preocupante e carece de uma atenção especial, tendo em conta, conforme refere, a quantidade de cães vadios doentes, a questão deve ser resolvida com alguma celeridade.
De acordo com o responsável da saúde, no que diz respeito à problemática, a solução passa, primeiramente, pela sensibilização da população no sentido de registarem e não abandonarem os seus cães.
Por outro lado, disse, tendo a Câmara Municipal condições, deverá colocar os cães que vivem na rua, num canil, enquanto as instituições que também defendem e protegem os animais devem, de forma confinada, acolhe-los e ajudar no sentido de sua adopção.
Outra solução, conforme aponta ainda, seria a castração e até mesmo sacrificar os cães mais velhos doentes e sarnentos.
“O nosso perigo é que alguns cães vadios andam a comer aves de rapina e outros animais que podem estar doentes. Estamos a correr muitos riscos. Há que trabalhar a montante e a jusante de modo a pôr cobro ao problema”, referiu José Rui Moreira, advertindo aos donos de cães de estimação a não levarem os animais para defecar na rua e se o fizerem, estarem munidos de um saco de plástico para remover as fezes e colocá-las no contentor.
“As pessoas têm o mau hábito de sair com os cães para passear e defecar na rua, durante 365 dias, sujando o ambiente e trazendo doenças às pessoas. Nas fezes dos cães há parasitas que são perigosas para a saúde dos indivíduos, sobretudo em mulheres na idade reprodutiva”, explicou.
A Inforpress tentou também ouvir os responsáveis camarários para se pronunciarem sobre a matéria, mas os contactos foram infrutíferos.
Terms & Conditions
Report
My comments