O Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV-oposição), advertiu hoje, na Cidade da Praia, que o espectro da fome paira sobre muitas famílias cabo-verdianas, ao mesmo tempo que denunciou, nesta fase de pré-campanha para as eleições autárquicas, acções de manipulação da pobreza e exposição indevida dos vulneráveis por parte do Governo, através do ministro da Família, Inclusão e Desenvolvimento Social, Fernando Elisio Freire.
“A pobreza global aumentou em cerca de sete por cento (%) em 2023 e a insegurança alimentar, atingindo cerca de 1/3 da população”, indicou a deputada, referindo-se aos dados do Afrobarómetro [Instituto de Sondagem Panafricana].
Conforme as vozes críticas da opsição, nas últimas eleições legislativas foi usado o cadastro social único como meio para pressionar as familias carenciadas a votar no partido do governo - caso contrário seriam suspenso a pensão que vinham recebendo. Segundo as mesmas fonte, agora, sob a orientaçao do mesmo ministério de Freire, podem estar alegdamente em marcha, nos viários municípios de Cabo Verde, ações com vista ao uso do chamado Fundo Mais e outras prestações sociais do estado para condicionar o voto nas aleições autárquicas deste ano.
A pensar nisso, a deputada do PAICV Adelsia Almeida denunciou hoje, em conferência de imrpensa, ações de manipulação da pobreza e exposição indevida dos vulneráveis por parte do Governo.
“O espectro da fome paira sobre muitas famílias e a falta de oportunidade tem provocado a saída em massa de jovens para o exterior, deixando as famílias desamparadas e o País sem mão-de-obra em vários sectores de actividade”, precisou segundo a Inforpress.
Para o maior partido da oposição, esta situação é resultante da falta de estratégia do Governo do Movimento para a Democracia (MpD – poder), no combate efectivo e sustentável da pobreza em Cabo Verde.
“A pobreza global aumentou em cerca de sete por cento (%) em 2023 e a insegurança alimentar, atingindo cerca de 1/3 da população”, indicou a deputada, referindo-se aos dados do Afrobarómetro [Instituto de Sondagem Panafricana].
De acordo com Adelsia Almeida, a estratégia do combate à pobreza do Governo tem se resumido na transferência de rendas (5.500$00), através do Rendimento Social às famílias que vivem em extrema pobreza.
Esse montante, explicou segundo a mesma fonte, é disponibilizado a uma família que vive na extrema pobreza e que, em média, é constituída por seis ou sete membros.
“Significa em termos práticos, cada membro recebe cerca de 30 escudos por dia para satisfazer as suas necessidades básicas. Montante por demais insuficiente considerando os 2,15 dólares fixados a nível internacional como limite mínimo para tirar as pessoas da pobreza extrema”, precisou.
Para a deputada, o Cadastro Social Único, que é base para a atribuição dos subsídios de pobreza, tem que ser reformulado no processo de identificação dos beneficiários.
“Os indicadores são subjectivos e há alguns que não se adaptam à nossa realidade”, notou, conforme a Inforpress, a deputada, que apelou a um diálogo concertado para a identificação dos melhores indicadores da vulnerabilidade no país.
Terms & Conditions
Report
My comments