O presidente da Câmara Municipal de São Vicente, Augusto Neves, disse hoje, no Mindelo, que está a ponderar uma queixa-crime contra o presidente da UCID, João Santos Luís, na sequência das declarações deste à imprensa na quarta-feira, 13.
Nesse dia, João Santos Luís, entre outras declarações, disse que Augusto Neves “deveria estar na cadeia por gestão danosa do património municipal”.
Hoje, também em conferência de imprensa, Neves deu o troco e disse que Santos Luís, “de esquisito e cábula”, passou a “presidente fantoche da UCID, um autêntico testa-de-ferro” porque “todos sabem que o verdadeiro líder da UCID não é ele, apenas serve para insanidades e sandices sem responsabilidade”, daí não perder tempo com ele.
“Agora, devo relembrar ao João Luís que quem tem processos no tribunal intentados pela Enapor, empresa onde trabalha, é ele, por não pagar dívidas que contraiu na empresa, ou seja, é um caloteiro que não tem moral algum para falar dos outros”, acusou Augusto Neves.
Ao defender-se das acusações, que classificou de graves da oposição, o presidente da câmara lembrou que o lugar de acusar ou denunciar é nos tribunais ou na Polícia Judiciária, e não na comunicação social.
“Se de facto têm a certeza de corrupção existem instâncias no País onde eles devem recorrer porque trazer essas mentiras e calúnias à comunicação social é tentar enganar as pessoas, confundir a opinião pública com as acusações falsas”, reiterou.
Aliás, Augusto Neves aproveitou a conferência de imprensa para distribuir aos jornalistas as notas enviadas aos eleitos municipais e aos vereadores, bem como o protocolo que confirma que solicitou subsídios aos dois partidos, no mês de Maio, para a elaboração do orçamento para 2024.
“Tinham conhecimento e não queriam participar ou dar subsídios para o orçamento, pois querem enganar a população com informações falsas”, reforçou o autarca.
Sobre a acusação de que a câmara se encontra em incumprimento com a banca, Augusto Neves desmentiu e questionou qual a instituição bancária que tolera incumpridos, e que, no caso da câmara de São Vicente, trata-se de um “excelente cliente” de todos os bancos.
“Sei que tanto o PAICV como a UCID estão preocupados por me ter disponibilizado para uma recandidatura nas próximas eleições, pois acho que ainda posso dar muito à minha ilha daí a aposta em denegrir a minha imagem”, reforçou.
Acusou ainda a UCID e o PAICV de se “juntarem para derrubar a câmara e destruir” o trabalho da mesma na ilha, num “casamento” que classificou de “estranho” entre “a extrema direita, UCID, e a extrema esquerda, PAICV, e que vai acabar mal”.
O orçamento e o plano de actividades da Câmara Municipal de São Vicente para o ano de 2024 foram chumbados em sessão da Assembleia Municipal realizada segunda-feira, 11, com 11 votos contra, sendo sete da UCID e quatro do PAICV, nove a favor do MpD, e uma abstenção do Movimento Mais Soncent, pelo que o município vai continuar a funcionar em regime de duodécimos em 2024.
A Semana com Inforpress
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