O caso de alegada “agressão” por parte de ativistas do MpD contra simpatizantes do PAICV em Lém Ferreira de Santiago Sul conhece novos desenvolvimentos com a reação da equipa ventoinha. O candidato Luís Carlos Silva acaba de dar entrada junto da Procuradoria Geral da República (PGR), na Praia, uma queixa-crime contra o candidato a deputado do PAICV, Julião Varela. Em causa está a acusação de Varela, imputando o adversário Luís Carlos a responsabilidade de alegada prática de “atos de vandalismo” em plena avenida principal de Lém Ferreira, um dos bairros da Cidade da Praia.
Conforme Carlos Silva em comunicado remetido a este jornal, a razão desta petição inicial da ação penal privada intentada pelo ofendido decorre das declarações alegadamente “falaciosas” proferidas pelo também secretário geral do PAICV, imputando ao Deputado do MpD (Carlos Silva) alegada prática de “atos de vandalismo”, registada na última quarta-feira, 07, em plena avenida principal de Lém Ferreira, um dos bairros da Cidade da Praia.
Acusações essas que, segundo Luís Carlos, não têm o “mínimo cabimento” e a este propósito aproveitou-se de uma ocasião, em que se cruzaram duas caravanas de opositores políticos no bairro de Lém Ferreira, afirmando que houve alguma troca de acusações e apupos, dispensáveis, mas que considera naturais numa campanha eleitoral.
"O PAICV construiu uma narrativa falaciosa para tirar eventuais proveitos políticos, envolvendo a minha pessoa na encenação e atentando contra a minha dignidade e o meu bom nome. Aliás, convirá referir que a encenação é anterior ao pronunciamento público de Julião Varela, na medida em que começaram a surgir nas redes sociais narrativas de que o atual presidente da Câmara Municipal da Praia, Francisco Carvalho, teria sido alvo de tentativas de agressão. Não quis o porta-voz do PAICV ir tão longe no seu referido pronunciamento, omitindo essa narrativa no texto final que levou ao conhecimento das Senhoras e dos Senhores Jornalistas, porque seria esticar demais a mentira construída”, lê-se na nota remetida a este jornal.
Carlos Silva considera curioso existir num local dezenas de pessoas, mas não terá havido uma única que tenha gravado um suporte em vídeo para sustentar a "oratória do PAICV e a vil acusação proferida contra um deputado e dirigente partidário que as pessoas conhecem e sabem não corresponder ao perfil apontado por Varela. "A mentira e a construção de uma realidade alternativa – na linha de Donald Trump -, as insinuações torpes e os ataques pessoais a opositores políticos, têm sido o ADN deste PAICV de Janira Hopffer Almada, mesmo contra os próprios camaradas de partido que lhe são divergentes", mostra.
O candidato ventoinha a deputado vai mais longe, apontando tês exemplos, que considera ser "mentiras" por parte da oposição, apontando que "os armadores nacionais foram deixados fora da concessão; quando afirmaram que os aviões da CVA estavam “presos” na Flórida e, mais adiante, na Islândia. E, ainda, mais recentemente, a tentativa de desacreditar as vacinas contra a Covid-19", indica.
"Como é reconhecido publicamente, tenho assumido o princípio da solidariedade e da generosidade na relação com a oposição, precisamente por ter recebido em casa uma educação fundada em princípios e valores cristãos, mas também por entender que o caminho da tolerância é o único para o desenvolvimento e a construção de uma sociedade mais inclusiva. Como é evidente, o senhor Julião Varela – um reconhecido troca tintas que, enquanto deputado, aprovava Orçamentos de Estado do seu partido no Parlamento, e enquanto “sindicalista” os contestava na rua. Vai ter de provar em Tribunal as graves acusações que proferiu contra a minha pessoa”, conclui em comunicado da candidatura do MpD em Santiago Sul.
Denúncias da alegada “agressão” por MpD em Lém Ferreira Recorde-se que, segundo a Inforpres, o coordenador político da região Este do PAICV na Praia denunciou, no passado dia 08 de Abril, uma alegada “agressão” por parte de ativistas do MpD contra seu partido, durante os contactos porta-a-porta, em Lém Ferreira. Em conferência de imprensa realizada na Cidade da Praia, Julião Varela denunciou aquilo que considerou ser “agressão, arruaças de selvajaria” motivado por “desespero” do Movimento para a Democracia (MpD).
O incidente, conforme o coordenador do PAICV, ocorreu na tarde da passada quarta-feira, 07, quando os seus ativistas se encontravam em atividades de campanha na zona de Lém Ferreira, foram “atacados e agredidos” por um grupo MpD, liderado pelo deputado Luís Carlos Silva, o que motivou a intervenção da Polícia Nacional.
Neste sentido, Julião Varela fez saber que o PAICV intentou uma “queixa-crime na Polícia Nacional contra Ana Pereira” que “chegou a agredir” uma das ativistas do PAICV.
Igualmente, segundo a mesma fonte, o seu partido vai intentar uma ação crime contra o líder do grupo do MpD, o candidato a deputado Luís Silva, para que “situação desta natureza não faça escola e não volte a repetir-se”.
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