segunda-feira, 16 setembro 2024

Moçambique/Ataques: Organizações internacionais alertam para risco de “esquecimento” da crise humanitária em Cabo Delgado

Estrela inativaEstrela inativaEstrela inativaEstrela inativaEstrela inativa
 

Um grupo de 23 organizações não-governamentais (ONG) internacionais alertou hoje para o risco de se “esquecer” a crise humanitária provocada pela violência armada na província de Cabo Delgado, norte de Moçambique.

“Existe um risco muito real de que, com a crise agora no seu quinto ano, Cabo Delgado saia completamente do radar internacional”, referiram as ONG em comunicado.

Na nota, os subscritores lamentam o défice de orçamento para a assistência aos deslocados de guerra naquela província.

“A resposta humanitária em Cabo Delgado está seriamente subfinanciada. Não estamos a receber financiamento suficiente para responder à crise humanitária”, referem as organizações, que incluem a Save The Children e a Plan International.

Segundo o grupo, a assistência humanitária a Cabo Delgado é “muitas vezes” interrompida, devido à falta de fundos ou de recursos, limitando-se apenas a “intervenções pontuais”.

“É dececionante para nós, como organizações humanitárias, ter de interromper os nossos esforços de atender às necessidades das populações afetadas e testemunhar o facto de as suas necessidades básicas não serem atendidas nem satisfeitas”, lamentaram, alertando que a situação na província “está em risco de se tornar numa crise esquecida”.

As organizações pediram ainda maior flexibilidade na emissão de vistos humanitários para permitir o acesso a especialistas das áreas temáticas da resposta a Cabo Delgado, visando “melhorar a qualidade” da assistência.

O grupo sugere que Moçambique aproveite o facto de ser membro não-permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas para “chamar a atenção dos doadores e da comunidade internacional para financiar a resposta humanitária em Cabo Delgado”.

A província de Cabo Delgado é rica em gás natural, mas está a ser aterrorizada desde 2017 por rebeldes armados, sendo alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico.

Há 784 mil deslocados internos devido ao conflito, de acordo com a Organização Internacional das Migrações (OIM), e cerca de 4.000 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos ACLED.

Desde julho de 2021, uma ofensiva das tropas governamentais com o apoio do Ruanda, a que se juntou depois a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), permitiu recuperar zonas onde havia presença de rebeldes, mas a fuga destes tem provocado novos ataques noutros distritos usados como passagem ou refúgio temporário.

A Semana com Lusa

120 Characters left


Colunistas

Opiniões e Feedback

D. G. WOLF
13 days 1 hour

A Guiné-Bissau é uma espinha atravessada na garganta dos cabo-verdianos.

JP
17 days 4 hours

hehehe SATANÁS ta inspeciona DEMONIOS hehehe Só trossa propi

António
18 days 21 hours

Abro radio e tv oiço aplicacao de milhões e milhoes escudos , de um momento para outro. Cifrões serios e não serios

Pub-reportagem

publireport

Rua Vila do Maio, Palmarejo Praia
Email: asemana.cv@gmail.com
asemanacv.comercial@gmail.com
Telefones: +238 3533944 / 9727634/ 993 28 23
Contacte - nos