A Embaixada de Cabo Verde em Portugal vai "recolher mais informações" e prestar todo o apoio necessário à jovem cabo-verdiana que abandonou o filho recém-nascido num caixote do lixo, em Lisboa.
Numa mensagem publicada na página da sede diplomática no Facebook citada pela TSF, a Embaixada refere que situações desta natureza estão associadas a "casos de profundo desespero, de grande perturbação ou de desequilíbrios emocionais muito fortes." Acrescenta ainda que nestas situações é melhor compreender para ponderar as ações adequadas do que condenar à partida, no pressuposto de crueldade intencional.
Neste sentido, a nota considera que as palavras do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, sobre este assunto foram "sensatas e de um profundo humanismo".
O recém-nascido está internado no Hospital Dona Estefânia. Os médicos que o acompanham já anunciaram que está a recuperar bem.
Tribunal decreta Prisão preventiva
Segundo a fonte referida, a mãe do bebé, uma cabo-verdeana de 22 anos, foi ouvida, esta sexta-feira, no Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa, tendo sido decretada a medida de coação de prisão preventiva. Está indiciada da prática de homicídio qualificado, na forma tentada.
A presidente do Instituto de Apoio à Criança de Portugal considera, no entanto, que deve haver cautela na acusação que pende sobre esta jovem. Dulce Rocha defende que a jovem expôs o bebé ao abandono, mas não o queria matar.
Por isso, o Instituto de Apoio à Criança alertou, esta sexta-feira, "para a necessidade de uma reflexão humanizada sobre as vulnerabilidades das pessoas em situação de sem-abrigo".
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