sexta-feira, 22 novembro 2024

E ECONOMIA

Câmara de Comércio de Sotavento: Se os problemas dos transportes não forem resolvidos o sector privado vai continuar a ter dificuldades

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O secretário-geral da Câmara de Comércio de Sotavento (CCS) alertou, quarta-feira, que se os problemas dos transportes não forem definitivamente resolvidos os empresários cabo-verdianos vão continuar a ter dificuldades em viabilizar os seus negócios e investimentos.
 

José Luís Neves, que fala em entrevista à Inforpress, apontou a questão dos transportes como um dos aspectos menos conseguidos no ano de 2018.

“O país continua com grandes constrangimentos em termos das ligações marítimas, apesar de todas as medidas anunciadas e implementadas para a reestruturação do sector dos transportes marítimos e concessão dos transportes marítimos”, disse.

José Luís Neves explicou que o problema dos transportes acaba por agravar um outro problema relacionado com a pequenez do mercado cabo-verdiano. Neste sentido, salientou que os transportes aéreos e marítimos “são fundamentais” para garantir a conectividade e a unificação do mercado.

“Se nós não conseguirmos resolver definitivamente este problema vamos ter ainda muitos constrangimentos e dificuldades de viabilizar os negócios e os investimentos empresariais em Cabo Verde porque estamos a falar não só de um pequeno mercado, mas de nove mercados minúsculos sem possibilidades de se conectarem um com outro”, sustentou.

Entretanto, o secretário-geral da CCS reconheceu como um dos maiores ganhos de 2018 o reforço do relacionamento entre o Governo e o sector privado e adiantou que a Câmara, em particular, tem tido um diálogo estreito com o Governo, permitindo essa representação do sector privado avançar as suas propostas para melhoria do ambiente de negócios e o reforço da competitividade da economia.

“Nos temos tido um diálogo estreito com o Governo em sede de Conselho de Concertação Social, mas também em sede da elaboração dos orçamentos do Estado. Nós temos tido a oportunidade de dialogar e fazer as nossas propostas para a melhoria do ambiente de negócios”, indicou, segundo a Inforpress.

Para além disso, adiantou que país tem estado a implementar reformas e manifestou a sua satisfação com as melhorias que vêm sendo introduzidas no relacionamento entre o fisco e os contribuintes.

“O Governo tem feito um esforço para modernizar a administração fiscal na questão da devolução dos impostos e na melhoria do relacionamento entre o fisco e os contribuintes, apesar de reconhecermos que ainda existem muitos problemas, muitos ruídos. O fisco às vezes é implacável e duro quando cobra, mas quando paga nem sempre é expedito no cumprimento das suas obrigações”, realçou.

José Luís Neves chama, entretanto, atenção para aquilo pode ser a perda de competitividade face aos principais concorrentes de Cabo Verde e cita como exemplos as perdas de posições no ranking do Doing Business e do Índice Global de Competitividade.

Queda no ranking

“O relatório do Doing Business diz que o país melhorou em termos do seu índice, mas perde quatro posições no ano de 2019. Cai da posição 127 para posição 131 e nós pensamos que é um dado sensível e que o país deverá ter em atenção esta questão. Apesar de estarmos a realizar reformas estamos a cair no ranking” anotou.

“Isto significa que o país está a perder competitividade, ou seja, os nossos principais concorrentes estão a ser mais reformistas e porventura estarão a ser mais eficazes na implementação das reformas”, acrescentou, realçado a importância desses índices já que, conforme indicou, os grandes investidores mundiais estarão sempre atentos a esses índices antes de fazerem a sua opção sobre os destinos dos seus investimentos.

Em 2019, para além da resolução dos problemas dos transportes, o secretário-geral da CCS, espera que o ecossistema de financiamento que o Governo criou venha dar um contributo para resolução de um dos grandes constrangimentos das empresas cabo-verdianas que é o acesso ao financiamento, conclui a Inforpress.

 

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Colunistas

Opiniões e Feedback

David Dias
9 days 21 hours

Todos querem ser escritores. Todos, todos, todos.

António
11 days 20 hours

Descilpem, mas os antigos reformados não vivem assim, pois pensões não foram atualizadas.

António
19 days 18 hours

Quando as eleições terminarem fiscalize essas construções em russ estreitas e que são autenticas autenticas bombas

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