sexta-feira, 22 novembro 2024

E ECONOMIA

Indústria automóvel treme com prisão de super-presidente de Renault-Nissan-Mitsubishi

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O franco-brasileiro Carlos Ghosn, presidente da Nissan, Renault e Mitsubishi, foi detido, na segunda-feira, 19, e arrisca uma pena de dez anos, após uma investigação interna ter apurado que ele ’dissimulou rendimentos’ para defraudar o fisco.

O tribunal de Tóquio confirmou esta terça-feira que Carlos Ghosn, de 64 anos, está em prisão preventiva para responder por "crimes financeiros", como a "sonegação de rendimentos e fraude fiscal". O montante em causa atinge ¥5 biliões de ienes (4,281 mil milhões CVE) desde 2011.

O diretor-geral da Nissan, Hiroto Saikawa, anunciou que reunirá na quinta-feira, 22, o conselho de administração para demitir o PCA das funções. "Carlos Ghosn utilizou bens da companhia em benefício próprio", diz um comunicado ontem emitido pela Nissan, em Yokohama.

A investigação interna da Nissan apurou, segundo o Japan Times desta terça-feira, que Ghosn escondeu do fisco que tinha utilizado grátis várias residências pertencentes à empresa, em países como a Holanda, França, Roménia e Estados Unidos. Pela lei, o benefício tinha de ser declarado como parte do rendimento — que com tais benefícios atingiu mais do dobro dos ¥4,985 biliões de ienes declarados.

É um terramoto esta prisão do fundador da "atípica aliança" Renault-Nissan-Mitsubishi, segundo analistas. Carlos Ghosn — nascido no Brasil e descendente de libaneses e japoneses, e que veio a obter ainda as nacionalidades francesa e libanesa — era tido como o ’imperador’ na aliança entre as três marcas.

De herói no Japão a presidiário

Em 2005 Ghosn entrou para a história do Japão ao salvar a Nissan à beira da falência. O controlador de custos, como ficou conhecido desde finais de 1990 na Renault, usou a mesma estratégia para fazer da Nissan a empresa que hoje está no topo da Indústria automóvel.

Na próxima quinta-feira, no arranha-céus em Yokohama, a capital do automóvel, onde desde 1999 Ghosn deu as cartas, vai ter lugar a sua destituição formal.

Fontes: Le Monde/ Japan Times. Foto (Reuters): Família Ghosn — Carlos e quatro filhos — vive entre Nova Iorque, Tóquio e Paris.

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Colunistas

Opiniões e Feedback

David Dias
9 days 15 hours

Todos querem ser escritores. Todos, todos, todos.

António
11 days 13 hours

Descilpem, mas os antigos reformados não vivem assim, pois pensões não foram atualizadas.

António
19 days 12 hours

Quando as eleições terminarem fiscalize essas construções em russ estreitas e que são autenticas autenticas bombas

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