Com base na Balança Comercial de Cabo Verde, os dados provisórios do comércio externo, recentemente divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INECV) mostram que, no 1º trimestre de 2018, as importações e as reexportações no arquipélago tiveram evolução negativa de (-19,6%) e (-8,0%), respectivamente, enquanto as exportações evoluíram positivamente (77,4%), em relação ao período homólogo. No período em análise, o deficit da balança comercial diminuiu (-23,7%) e a taxa de cobertura aumentou em 4,9 pontos percentuais (p.p.).
Exportações por zonas económicas, principais clientes e bens
De acordo com o relatório do INECV, durante o 1º trimestre de 2018, o total das exportações de Cabo Verde atingiram cerca de 1.449 mil contos, correspondendo a um acréscimo de 77,4%, face ao mesmo período do ano transacto (+632 mil contos).
No período em análise, a Europa continua sendo o principal cliente de Cabo Verde, absorvendo cerca de 97,3% do total das exportações cabo-verdianas e evoluindo 79,5%, comparativamente ao mesmo período do ano de 2017. “As exportações para os outros continentes foram de montantes pouco expressivos, embora tenham crescido para a América”.
Relativamente aos países com os quais Cabo Verde mantém relações comerciais, os dados estatísticos apontam que, a Espanha lidera o ranking dos principais clientes do País, absorvendo, no 1º trimestre de 2018, cerca de 75,4% do total das exportações Cabo-verdianas. Nesse âmbito, Portugal ocupa o segundo lugar na estrutura das exportações de Cabo Verde, com 21,7%, diminuindo 19,7 p. p. em relação ao mesmo período do ano passado.
De referir que entre os produtos exportados por Cabo Verde durante o 1º trimestre de 2018, os Preparados e Conservas lideram o ranking com 56,0%. Os Peixes, crustáceos e moluscos ocupam o segundo lugar com 20,2%, os Vestuários ocupam o terceiro lugar com 10,4%, em relação ao valor registado no mesmo período do ano anterior. O que significa dizer que estes três produtos representaram, no período em análise, 86,6% do total das exportações de bens de Cabo Verde. Dos produtos destacados, nota-se que as Bebidas alcoólicas tiveram uma evolução negativa de (-27,2%), comparativamente aos montantes registados no 1º trimestre de 2017.
Importações por zonas económicas, principais fornecedores e bens
Ainda de acordo com a fonte que vimos citando, no período em apreço as importações de Cabo Verde registaram um decréscimo de 19,6%, face ao mesmo período do ano transacto, sendo a Europa, considerado o principal fornecedor do arquipélago, com 74,2% do montante total (contra 83,8% do mesmo período do ano transacto). “Já as exportações deste continente para Cabo Verde diminuíram 28,8%, face ao mesmo período do ano anterior”.
“Os aumentos só foram registados nas importações provenientes da América (20,5%), da Ásia (41,6%) e do Resto do Mundo (34,3%)». Regista-se uma redução das que tiveram como origem a África (-1,4%), comparativamente ao período homólogo, aponta.
Portugal e Espanha (mesmo tendo evoluções negativas de (-12,2%) e (-49,1%), respectivamente, ocupam o primeiro e o segundo lugares, respectivamente, entre os fornecedores de Cabo Verde, representando (42,9% e 14,4%) do total das importações, seguidos da China e da Índia com (5,4%) e (3,9%), do total das importações.
Constata-se ainda que, dos fornecedores destacados, os Países Baixos, a França, o Brasil e a Itália, também registaram, no 1º trimestre de 2018, evoluções negativas de (-14,9%), (59,3%), (-15,8%) e (-68,7%) respectivamente, se comparado com o mesmo período do ano de 2017.
Considerando a evolução no período em análise, constata-se que, dos produtos destacados, os Combustíveis (4,7%), os Veículos automóveis (40,3%), o Leite (3,7%) e as Bebidas alcoólicas (0,6%), evoluíram positivamente face ao 1º trimestre de 2017, enquanto que os restantes produtos registaram taxa de variação negativa, sendo que o Arroz, as Máquinas e os Motores e cimentos, evoluíram (-40,1%), (-28,1%) e (-27,3%), respectivamente, face ao mesmo período do ano anterior.
Quanto às importações por grandes categorias de bens, os dados do INECV mostram que, no 1º trimestre de 2018, com a excepção dos Combustíveis, todas as da CGCE evoluíram negativamente, em relação ao mesmo período de 2017.
Celso Lobo
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