quinta-feira, 21 novembro 2024

E ECONOMIA

Venezuela: Oposição rejeita proposta de Lula da Silva sobre novas eleições presidenciais  

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 A líder opositora venezuelana María Corina Machado rejeitou hoje uma proposta do Brasil para que sejam realizadas novas eleições como via para solucionar a crise política desencadeada pelas presidenciais de julho, cujos resultados a oposição contesta.

“Propor que se ignore o que aconteceu a 28 de julho [de 2024, eleições presidenciais] é um insulto ao povo venezuelano (…) As eleições já se realizaram. A soberania popular respeita-se”, disse.

María Corina Machado falava durante uma conferência de imprensa por Zoom com jornalistas da Argentina, Chile e Brasil.

Fomos a umas eleições com as regras da tirania, as pessoas disseram que estávamos loucos porque ia haver uma fraude monumental que não íamos conseguir provar”, disse a opositora que foi impedida de participar nas presidenciais após ter sido desqualificada pelas autoridades para exercer cargos públicos.

Eu lhes pergunto se houver umas segundas eleições e se não gostarem dos resultados o que acontece? Vamos a umas terceiras? A umas quartas ou quintas? Até que goste”, disse, insistindo que Edmundo González Urrutia, o seu substituto, ganhou as presidenciais de 28 de julho com mais de 70% dos votos.

A líder opositora venezuelana rejeitou ainda a possibilidade de haver um Governo de coligação na Venezuela, sublinhando que “isso se tem dado em contextos democráticos, não no caso venezuelano”.

Estamos a oferecer incentivos e salvaguardas, mas numa transição para a democracia”, frisou.

O Presidente do Brasil, Lula da Silva, reiterou hoje a necessidade de as autoridades venezuelanas divulgarem os resultados das eleições de 28 de julho e sugeriu duas soluções para a crise, um Governo de coligação ou um novo sufrágio.

Numa entrevista à rádio T, Luiz Inácio Lula da Silva disse que “até agora” não se sabe quem ganhou as eleições, porque os resultados não foram divulgados e não foi possível verificar os resultados de forma independente.

O líder brasileiro salientou ainda que o presidente venezuelano, Nicolas Maduro, que foi proclamado vencedor pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), “sabe que deve uma explicação ao mundo inteiro”.

No entanto, Lula disse que está a trabalhar com o México e a Colômbia para encontrar soluções e sugeriu duas ideias: a formação de um Governo de coligação composto por membros do chavismo e da oposição ou a convocação de novas eleições.

“Maduro tem seis meses de mandato. Ele é o Presidente, independentemente das eleições. Se ele tiver bom senso, pode até convocar novas eleições, criando um comité eleitoral com membros da oposição e permitir que observadores do mundo inteiro acompanhem”, declarou.

O líder brasileiro garantiu que a sua relação com Maduro, que no passado era muito boa, “se deteriorou”, como consequência da “deterioração da situação política na Venezuela”, e não se quis comprometer com a situação política na Venezuela.

A Venezuela, país que conta com uma expressiva comunidade de portugueses e de lusodescendentes, realizou eleições presidenciais no passado dia 28 de julho, após as quais o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) atribuiu a vitória a Maduro com pouco mais de 51% dos votos, enquanto a oposição afirma que o seu candidato, o antigo diplomata Edmundo González Urrutia obteve quase 70% dos votos.

A oposição venezuelana e diversos países da comunidade internacional denunciaram uma fraude eleitoral e exigiram que sejam apresentadas as atas de votação para uma verificação independente, o que o CNE diz ser inviável devido a um “ciberataque” de que alegadamente foi alvo.

Os resultados eleitorais têm sido contestados nas ruas, com manifestações reprimidas pelas forças de segurança, com o registo de mais de 2.200 detenções, 25 mortos e 192 feridos.

A Semana com Lusa

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Colunistas

Opiniões e Feedback

David Dias
8 days 21 hours

Todos querem ser escritores. Todos, todos, todos.

António
10 days 19 hours

Descilpem, mas os antigos reformados não vivem assim, pois pensões não foram atualizadas.

António
18 days 18 hours

Quando as eleições terminarem fiscalize essas construções em russ estreitas e que são autenticas autenticas bombas

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