sexta-feira, 22 novembro 2024

E ECONOMIA

Obrigações da CVFF batem recorde de participação de investidores na BVC

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A oferta pública de obrigações da Cabo Verde Fast Ferry, que encerra esta sexta-feira, 24 de Julho, já é um sucesso. Esta antevisão foi feita ao asemanaonline por Veríssimo Pinto, presidente da Bolsa de Valores de Cabo Verde, três dias antes do término do prazo. “Já batemos recordes em termos de participação de investidores. Tivemos cerca de 500 participantes, o que é um recorde para as operações efectuadas pela BVC”, comemora.

O entusiasmo do presidente da BVC justifica-se pelo facto de, segundo disse, a corrida às obrigações da Cabo Verde Fast Ferry baterem todos os recordes até agora alcançados pelas obrigações cotadas na BVC.

“Tivemos uma expressiva participação da diáspora em Luxemburgo, Portugal, França, Holanda. Nos EUA previa-se uma maior participação, mas o país está com serias dificuldades económicas. E mais, os emigrantes experimentam dificuldades na hora de abrir uma conta porque a lei exige o passaporte e muitos apenas utilizam a carta de condução como meio de identificação, o que não ajuda. Ainda temos muitas pessoas que estão a fazer a transferência", conta o presidente da BVC

Mas como não só da América vive hoje a economia cabo-verdiana, que também há muito ultrapassou o nicho emigrante para atrair investidores e capitais de outras paragens, "a grande participação dos outros países supera as expectativas", comemora.

"Penso que na sexta-feira teremos uma boa surpresa”, perspectiva o homem que nos últimos meses tem cruzado o mundo para tentar diversificar a origem dos capitais nesta empresa cabo-americana que desde já se apresenta como uma aposta credível para o futuro da marinha mercante nacional.

Sucesso versus garantias

Aliás, para Veríssimo Pinto, o sucesso de vendas das obrigações da CVFF deve-se às garantias que o negócio oferece aos investidores. "Basta dizer que, em termos de risco, o empréstimo tem uma hipoteca de primeiro grau sobre os navios a adquirir, a favor do representante dos obrigacionistas. Com isso, caso as coisas não corram bem, os investidores podem tomar e vender os dois barcos rápidos", garante.

Os barcos que estão a ser construídos na Holanda serão segurados contra todos os riscos, o que engloba as coberturas de incêndio, raio e explosão, bens de terceiros à guarda do segurado, avaria de máquinas, riscos eléctricos, fenómenos sísmicos, queda de aeronaves ou objectos caídos de aparelhos de navegação aérea, furto ou roubo, cristais, riscos sociais e actos maliciosos ou vandalismos e naufrágios. A companhia seguradora cobre qualquer acidente.

Dinheiro seguro

E o dinheiro também está bem seguro. O encaixe resultante desta oferta pública de obrigações da Cabo Verde Fast Ferry será colocado numa conta específica, que para ser movimentada tem de ter as assinaturas de dois representantes da CVFF, da Empresa que audita as contas com condições específicas de movimentação, do representante da assembleia de obrigacionistas. E todos têm de estar credenciados pela Auditoria Geral do Mercado de Valores Mobiliários.

São todas essas garantias que dão a Veríssimo Pinto força para criticar certas pessoas, a que alcunha de "pseudo-empresários", que, diz, nos últimos dias tentaram boicotar o projecto.

“Existem em Cabo Verde alguns pseudo-empresários, de patriotismo e honestidade questionáveis porque habituados a negociatas, que estão a fazer uma intensa campanha contra a Cabo Verde Fast Ferry (CVFF) na expectativa de que as coisas corram mal para poderem levar à frente um projecto com barcos de mais de trinta anos de idade”, desabafa, acrescentando que na sexta-feira vão ter uma dura desilusão... "Porque o projecto já é um grande sucesso".

Adequação dos barcos

Segundo Veríssimo Pinto, a adequação dos barcos às águas de Cabo Verde - a grande preocupação dos cabo-verdianos - está espelhada no parecer do Instituto Marítimo e Portuário. Os dois barcos irão cobrir as ilhas de Sotavento e Barlavento. Até porque o projecto da CVFF conta com a carta-conforto do Governo, que concedeu um subsídio de cem milhões de contos à empresa. Um gesto que o Executivo cabo-verdiano justifica com o facto de a mesma actuar num sector estratégico para a melhoria da qualidade de vida dos cabo-verdianos.

Veríssimo Pinto termina lembrando que são accionistas da CVFF, Nelson Gee Gregor (16,0%), Agnelo Andrade (10,0%), Sociedade Vasconcelos Lopes (10,0%), Editur (10,0%), municípios de Mosteiros, Santa Catarina do Fogo e São Filipe (1,0% cada) e Câmara da Brava (51,0%). Refira-se ainda que, ao contrário do que se tem dito, o barco transporta 158 passageiros, três camiões e dezasseis carrinhas tipo Hiace.

Nesta oferta pública de obrigações da Cabo Verde Fast Ferry, a Bolsa de Valores de Cabo Verde colocou à venda um milhão e quinhentas mil obrigações, no valor nominal de mil escudos cada, perfazendo um montante máximo de um milhão e quinhentos milhões de escudos. O Empréstimo Obrigacionista pagará juros à taxa fixa anual de 9%. Os obrigacionistas ficam com a opção de converter as obrigações em acções, pagando um prémio fixo de 1.250,00 CVE.

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Colunistas

Opiniões e Feedback

David Dias
9 days 20 hours

Todos querem ser escritores. Todos, todos, todos.

António
11 days 19 hours

Descilpem, mas os antigos reformados não vivem assim, pois pensões não foram atualizadas.

António
19 days 18 hours

Quando as eleições terminarem fiscalize essas construções em russ estreitas e que são autenticas autenticas bombas

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