Aliás, a Câmara do Comércio já deu o tom ao conflito de competências que os inspectores vão ter que enfrentar em São Vicente para resolver esse imbróglio, ao decidir não participar no encontro preparatório agendado para a ultima sexta-feira, 10. Uma iniciativa da Associação Comercial de Barlavento, que a CCISB reputa de "paralela".
Mais, a CCISB anuncia que os empresários entenderam ser pertinente a sua participação massiva na reunião desta terça-feira com os técnicos avaliadores, não para validar os valores das mercadorias, mas para demonstrar o seu posicionamento em relação a essa matéria. “É entendimento dos empresários que, caso o Ministério das Finanças tenha ainda dúvidas a respeito dos valores apresentados por algumas das empresas do grupo, essas dúvidas podem e devem ser dissipadas facilmente através de contactos directos com essas empresas”, aponta Manuel Monteiro.
E como gato escaldado tem medo de água fria, os empresários e a Câmara de Comercio querem precaver-se. “A CCISB procura evitar a repetição do que aconteceu no passado recente, em que após o sinistro provocado por fuga de gás na Interbase, o Estado, só mediante sentença do tribunal, desembolsou cerca de 50 mil contos a favor de meia dúzia de empresas, entre as quais uma que teve de suspender as suas actividades devido à morosidade do processo que lhe provocou prejuízos irreparáveis, para além dos consideráveis danos provocados no relacionamento entre o Governo e o Sector Privado”, lembra Manuel Monteiro presidente da instituição.
No dia 9 de Setembro de 2008, São Vicente assistiu ao incêndio que destruiu a principal infra-estrutura de frio da ilha – a Interbase-, e com ela, toneladas de produtos alimentares pertencentes a dezenas de empresários locais, cujo valor aproxima-se dos 100 mil contos.
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