As crianças, diz o pediatra Arsénio de Pina, que falou à imprensa em nome da Adeco, “são mais sensíveis e frágeis e, consequentemente, mais facilmente vítimas da propaganda das multinacionais de produtos alimentares”.
Daí que, alega Arsénio de Pina, justifica-se esta chamada de atenção a todo o Mundo, tendo como alvo a tomada de medidas que ponham fim aos efeitos nefastos que certos produtos alimentícios provocam na saúde infantil. Espera-se que no mês de Março, a OMS ponha em marcha uma consulta pública sobre um conjunto de recomendações sobre o assunto.
Estas incluem, entre outras, proibir a publicidade de alimentos não saudáveis na televisão nos horários em que é mais vista pela camada infantil e também nas escolas e excluir a oferta de brinquedos e artigos coleccionáveis em alimentos prejudiciais à saúde das crianças.
Mas à acção da OMS deve-se juntar uma atitude firme dos governos nacionais. Por isso, ao Ministério da Saúde de Cabo Verde a Adeco lança um apelo no sentido de apoiar as recomendações do código internacional sobre a comercialização de alimentos para crianças elaborado em 2008 pelo Consumers International em conjunto com a organização internacional Besity Task Force.
A sociedade civil também tem um papel importante a desempenhar, diz Arsénio de Pina. "A nossa sociedade civil ainda é débil, mas as pessoas têm de consciencializar-se sobre os seus direitos como consumidores e exigir que as leis que defendem os seus direitos sejam aprovadas e cumpridas. Não é um combate só da Adeco. É de todos, pois todos somos consumidores"
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