sábado, 23 novembro 2024

E ECONOMIA

OMCV considera casos de violência e mortes de mulheres no mês de Março como sinal de alerta

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A presidente da OMCV considerou hoje que os casos de violência e mortes baseada no género registados durante o mês de Março servem de alerta para a reflexão e consciencialização do mês dedicado à mulher.

Eloisa Gonçalves falava no âmbito do acto central, realizada na Cidade da Praia, em comemoração do Dia da Mulher Cabo-verdiana, 27 de Março, que assinala igualmente o 43º aniversário da Organização das Mulheres de Cabo Verde (OMCV), sob o lema "OMCV 43 anos - honrar a história, promover a igualdade e o progresso”.

Segundo explicou esta responsável, o objectivo é relembrar o surgimento da organização, os ganhos e desafios da igualdade de género no País, uma vez que a data foi instituída devido à criação da Organização das Mulheres de Cabo Verde.

“Este ano associamo-nos ao centenário de Amílcar Cabral, com a fundação Amílcar Cabral, então organizamo-nos no sentido de dar uma visão de Amílcar Cabral relativamente às mulheres e às questões de igualdade de género e fazer esta caminhada até a actualidade”, precisou, realçando que os casos de mortes registados este mês constitui um sinal de alerta de que “toda e qualquer forma de violência” deve ser o foco principal.

Para a presidente, a sobrecarga e o trabalho não remunerado, mulheres no sector informal sem cobertura da segurança social e privados da assistência médica e medicamentosa, e acesso à reforma estão entre muitos desafios que ainda persistem em Cabo Verde.

Para este ano, asseverou que a OMCV tem ministrado sessões de formação em empoderamento económico com entrega de kits para o desenvolvimento de actividades geradoras de rendimento às mulheres com alguma habilidade para que possam atingir a “autonomia financeira”.

“Prevemos trabalhar a violência baseada no género sempre, nas comunidades e escolas. Este é sempre o foco principal, é a preocupação da organização. Violência baseada no género no seu geral, assédio sexual, violência física patrimonial e psicológica, mas também a parte do empoderamento económico” elucidou.

A fundadora do movimento do ecofeminismo de Madagáscar e Cabo Verde, Mónica Rodrigues, que apresentou o painel “A Mulher Cabo Verdiana hoje”, realçou que o propósito é elevar a voz da mulher relatando as dificuldades como situações de emigração forçada e sistema política e social montada.

“Aqui é trazer a voz da mulher negra, cabo-verdiana e africana, porque estamos em Cabo Verde e não estamos isolados, dentro desta política e sociedade patriarcal e global precisamos definir o que nós mulheres queremos para o nosso continente, definir os objectivos e assumir as responsabilidades” frisou.

Por ter crescido numa zona rural com ausência do pai, Mónica disse que teve a ousadia de aventurar e não se deixar prender pelas dificuldades da vida, apesar das desigualdades de género, situações de pobreza que afecta principalmente a mulher, assedio e abuso sexual infantil.

Defendeu que é da responsabilidade de “cada um de nós” assumir o estado físico, psicológico e sócio-emocional para que tenhamos uma criança preparada para enfrentar os desafios da actualidade.

Ao presidir à abertura do evento, a primeira-dama, Débora Carvalho, disse tratar-se de um momento de grande significado visto que destaca a importância crucial da igualdade de género e o empoderamento das mulheres cabo-verdianas.

“Temos muitas heroínas anónimas na sociedade cabo-verdiana cujas histórias precisamos dar a conhecer. Não são histórias apenas para a família, de uma pequena comunidade, mas histórias que toda a nação cabo-verdiana precisa conhecer”, ressaltou.

Débora Carvalho acentuou que, nas últimas décadas, Cabo Verde tem feito avanços notáveis no direito e participação das mulheres em todos os sectores, como confirma os dados do Instituto Nacional de Estatística sobre o aumento da taxa de participação feminina na força de trabalho reflectindo numa mudança positiva no panorama economico e social do País.

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Colunistas

Opiniões e Feedback

David Dias
10 days 20 hours

Todos querem ser escritores. Todos, todos, todos.

António
12 days 19 hours

Descilpem, mas os antigos reformados não vivem assim, pois pensões não foram atualizadas.

António
20 days 18 hours

Quando as eleições terminarem fiscalize essas construções em russ estreitas e que são autenticas autenticas bombas

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