Biden e a sua vice-presidente falaram em direto ao telefone. "Estou a ver-te, miúda, adoro-te", disse o chefe de Estado.
Lembrando a carreira como procuradora do estado da Califórnia, Kamala Harris deixou uma bicada forte a Donald Trump. “Enfrentei criminosos de todo o tipo. Predadores que abusaram de mulheres. Burlões que enganaram consumidores. Batoteiros que quebraram as regras para benefício próprio. Então acreditem em mim quando digo ‘conheço o tipo de Donald Trump'", afirmou, prometendo colocar o seu histórico de carreira a favor da candidatura e contra o republicano.
Mais do que “nós contra Donald Trump”. O candidato republicano foi várias vezes referido, mas a mais do que provável candidata do Partido Democrata à presidência dos Estados Unidos garante que a sua candidatura, até agora a única após a desistência de Joe Biden, é muito mais do que isso.
Lembrando a carreira como procuradora do estado da Califórnia, Kamala Harris deixou uma bicada forte a Donald Trump. “Enfrentei criminosos de todo o tipo. Predadores que abusaram de mulheres. Burlões que enganaram consumidores. Batoteiros que quebraram as regras para benefício próprio. Então acreditem em mim quando digo ‘conheço o tipo de Donald Trump'", afirmou, prometendo colocar o seu histórico de carreira a favor da candidatura e contra o republicano.
São duas visões diferentes para o “futuro do país”. Uma delas, a de Trump, diz Harris, um regresso a um passado em que muitos americanos ainda não tinham “direitos e liberdades totais”.
Focando-se nas questões centrais da campanha, e nos temas que mais vão dividir as duas candidaturas, Harris avisou que as políticas de Trump ameaçam a Segurança Social e a saúde dos norte-americanos, que passaria a ser um "privilégio dos ricos" em vez de ser direcionada como um "direito para todos os americanos".
"[Os Estados Unidos] já tentaram esta política económica. Não leva a prosperidade. Leva a desigualdade e injustiça económica. E não vamos voltar atrás. Não vamos voltar atrás", reiterou.
Um pensamento que também vale para outro tema altamente fraturante, o aborto. "O governo não deve dizer a uma mulher o que fazer com o seu corpo", sublinhou Harris, prometendo uma lei federal que vai consagrar na Constituição os direitos reprodutivos.
Uma conversa com Biden
Tudo isto no primeiro discurso à sua equipa de campanha presidencial, a quem agradeceu perante uma multidão em Wilmington, Delaware, reunindo a sua nova equipa para os 106 dias que se avizinham.
“O Doug [marido] e eu queríamos passar por cá hoje para agradecer a todos e dizer aquilo que sabemos ser verdade: vocês têm trabalhado muito. As pessoas deste gabinete têm trabalhado muito e têm dado muito de si - longos dias e noites. E estão a dar-se ao nosso país porque amam o nosso país, amam o Joe [Biden] e amam-me a mim, e nós sabemos isso”, disse a centenas de funcionários na sede da campanha e a muitos dos que estavam presentes virtualmente.
Harris reconheceu que “tem sido uma montanha-russa e que estamos todos cheios de muitas emoções contraditórias”.
“Eu amo Joe Biden - sei que todos nós amamos”, disse, acrescentando que a equipa de campanha será a razão da nossa vitória, minutos depois de ter confirmado que essa mesma equipa vai manter-se.
Harris anunciou que a directora de campanha, Julie Chavez Rodriguez, continuará a desempenhar as suas funções e que pediu à copresidente da campanha, Jen O'Malley Dillon, para “dirigir a minha campanha e ela aceitou”.
“Faltam 106 dias para o dia das eleições e, nesse período, temos muito trabalho pela frente”, disse à sua equipa.
A candidata também elogiou o legado e os feitos do presidente Joe Biden, que estava a ouvir a partir da sua casa em Rehoboth Beach, Delaware, onde ainda está isolado a contas com uma infeção por covid-19.
“Joe, sei que ainda estás ao telefone e temos falado todos os dias. ... Adoramos o Joe e a Jill. Adoramos mesmo. Eles são verdadeiramente como uma família para nós”, sublinhou, ao que Biden respondeu do seu altifalante que se trata de um sentimento "mútuo”.
A Semana com CNN Portugal
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