O PAICV, maior partido da oposição em Cabo Verde, considerou hoje que a remodelação governamental, anunciada na segunda-feira, é um "reconhecimento tardio" da ineficácia do Governo e insuficiente para recuperar resultados, quando resta apenas um ano de mandato.
"Esta remodelação passa por cima dos grandes problemas da educação e do setor da agricultura, onde a falta de resultados é também notável para todos", acrescentou.Rui Semedo mencionou ainda a diminuição "ligeira" no número de membros do Governo, demonstrando que tinha razão a crítica a um executivo "gordo".O líder do PAICV criticou ainda o facto de saírem cinco mulheres do Governo e não entrar nenhuma.
"Esta remodelação é o reconhecimento, ainda que tardio, de que as coisas não estavam bem", afirmou Rui Semedo, presidente do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV), em conferência de imprensa, criticando a'ineficácia do Governo' e a "falta de resultados".
O líder da oposição parlamentar disse também que esta remodelação é um reconhecimento da responsabilidade do Governo do Movimento para a Democracia (MpD) nos "grandes problemas que o país enfrenta".
"Esta remodelação passa por cima dos grandes problemas da educação e do setor da agricultura, onde a falta de resultados é também notável para todos", acrescentou.
Rui Semedo mencionou ainda a diminuição "ligeira" no número de membros do Governo, demonstrando que tinha razão a crítica a um executivo "gordo".
O líder do PAICV criticou ainda o facto de saírem cinco mulheres do Governo e não entrar nenhuma.
João Santos Luís, presidente da União Cabo-verdiana Independente e Democrática (UCID), citado pela Rádio de Cabo Verde (RCV), disse hoje esperar que os novos governantes sejam capazes de melhorar as condições de vida dos cabo-verdianos.
O líder da UCID pediu mais emprego, atração de investimentos e melhoria do ambiente de negócios.
O secretário-geral do MpD, Agostinho Lopes, afirmou que a remodelação surge no "momento adequado" e espera que traga uma "nova dinâmica" à governação.
O primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, anunciou, na segunda-feira, que o Ministério das Finanças continuará sob a liderança de Olavo Correia e será criado o Ministério da Promoção de Investimentos e Fomento Empresarial, entregue a Eurico Correia Monteiro, até agora embaixador em Portugal.
A pasta das Comunidades será transferida para o ministro dos Negócios Estrangeiros, José Filomeno Monteiro, e as secretarias de Estado do Fomento Empresarial e do Ensino Superior serão extintas.
Jorge Figueiredo assumirá o Ministério da Saúde, José Luís Sá Nogueira passará a liderar o Turismo e Transportes, Vítor Coutinho tomará posse nas Infraestruturas, Ordenamento do Território e Habitação, e Eurico Correia Monteiro acumulará as funções de Modernização do Estado e Administração Pública.
Analistas cabo-verdianos disseram à Lusa que a remodelação governamental é uma reação às críticas ao executivo, embora se dividam quanto à capacidade de influência desta mudança.
A Semana com Lusa
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