O Presidente da República classificou hoje em Loulé, Algarve (Portugal), a diáspora como “um dos pilares essenciais” da identidade cabo-verdiana e do desenvolvimento do País, e pediu continuar a contribuir para o crescimento de Cabo Verde.
José Maria Neves fez essas declarações num encontro que manteve com a comunidade cabo-verdiana em Loulé, no âmbito da sua primeira visita oficial como chefe de Estado a Portugal, a convite do seu homólogo português, Marcelo Rebelo de Sousa, revela a Inforpress.
“A diáspora é um dos pilares essenciais da identidade cabo-verdiana. Somos um Estado diaspório, porque temos cabo-verdianos em todo mundo”, frisou, acrescentando que a diáspora tem participado “activamente no desenvolvimento” de cada um dos seus municípios e de Cabo Verde em geral.
Para o Presidente da República, o arquipélago olha para a sua comunidade espalhada pelo mundo como o seu primeiro embaixador no mundo, lembrando que o chefe de Estado é o “símbolo da união da Nação global cabo-verdiana”.
“Queria agradecer-vos por tudo por tudo que têm feito para Cabo Verde”, disse, enaltecendo que é no momento difícil para Cabo Verde por causa da pandemia que foi possível ver toda a solidariedade dos que vivem fora do País, fazendo com que também as remessas aumentassem.
Por outro lado, José Maria Neves reconheceu que nesses 47 anos de independência, o arquipélago “cresceu muito” do ponto de vista político e institucional, mas que continua a enfrentar constrangimento, nomeadamente a seca, que nos últimos cinco anos tem sido permanente.
“A pandemia veio, para além da seca, acrescentar grande constrangimento a Cabo Verde, o turismo parou e perdemos quase 15 por cento (%) da riqueza nacional”, indicou, contando que medidas para mitigar os efeitos nefastos da pandemia estão sendo tomadas pelo Governo, garantindo que para a diáspora as autoridades nacionais continuam a trabalhar para também resolver os seus problemas.
Segundo ainda a Inforpress, o Presidente da República também recebeu a Chave de Humanismo da cidade das mãos do Presidente da Câmara Municipal de Loulé, Vítor Aleixo, que lembrou que a comunidade cabo-verdiana já tem mais de meio século instalada no concelho, com uma “boa integração” e sendo “exemplo” para a sociedade.
Em relação à preocupação da comunidade sobre um consulado em Loulé, o embaixador de Cabo Verde em Portugal, Eurico Monteiro, garantiu que já há decisão de transferir a representação em Portimão para Loulé, mas também que, agora, a partir do portal do consulado, já se pode prestar todo o serviço.
Quanto à alfândega, que a emigrante Maria José colocou, afirmando ter dificuldades em desalfandegar encomendas, mesmo quando são para ajudar escolas ou associações, o ministro das Comunidades, Jorge Santos, explicou que um conjunto de medidas para ajudar os emigrantes, sendo que algumas já entraram em vigor e outras a partir desta segunda-feira, 01 de Agosto, conclui a fonte deste jornal.
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