O Presidente da República foi, este domingo, recebido em Cova da Moura, Portugal, em festa, com música, dança, “kola san jon” e abraços, tendo se congratulado com a forma como a comunidade tem estado a integrar-se na sociedade portuguesa.
A visita ao bairro da Cova da Moura, onde vivem maioritariamente cabo-verdianos, aconteceu no último dia da visita oficial de José Maria Neves a Portugal, que decorreu de 28 a 31 de Julho, a convite do seu homólogo português, Marcelo Rebelo de Sousa, visando o reforço dos laços históricos, políticos, económicos e culturais entre os dois países.
Acompanhado pelo ministro das Comunidades, Jorge Santos, pelo embaixador de Cabo Verde em Portugal, Eurico Monteiro, pelo deputado da nação Francisco Pereira, e outros membros da delegação presidencial nesta visita, José Maria Neves foi recebido pela comunidade no Bairro da Cova da Moura, onde visitou a Academia Johnson, com apresentação de dança e música pelo grupo coral.
Visitou também a Associação Moinho da Juventude, com actuação do Grupo Cultural Kola San Jon, do grupo de batuque “Finka pé”, para terminar na Associação de Solidariedade Social da Cova da Moura.
“A comunidade está muito mais empoderada e mais integrada. A nossa comunidade está a ganhar muito mais poder e melhores condições de exercer aqui a sua cidadania e participar mais no processo global de desenvolvimento de Cabo Verde”, congratulou-se, indicando que os cabo-verdianos estão em todas as classes sociais.
No seu último ponto da visita, o Presidente da República esteve em encontro com a comunidade cabo-verdiana nos Paços de Concelho da Câmara Municipal de Amadora, que classificou como sendo um “encontro de homenagem à diáspora”.
Nesse encontro, várias questões foram colocadas, nomeadamente sobre a mobilidade no espaço da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), sobre apoio aos atletas e ex-atletas olímpicos, a questão dos doentes evacuados, entre outras.
Ao responder, o embaixador Eurico Monteiro explicou que o acorde de mobilidade, que já foi ractificado por oito países da comunidade, com excepção da Guiné Equatorial, já entrou em vigor e que Portugal já alterou a lei de estrangeiros, inserindo todas das normas do acordo de mobilidade.
“Nada fica como dantes. Nos últimos anos em Portugal, fez-se um esforço muito grande, sobretudo na questão da nacionalidade, em que a média está acima de 2.000 nacionalidades por ano”, frisou.
Por sua vez, o ministro das Comunidades, Jorge Santos, reconheceu que é preciso modernizar as fronteiras e outros serviços, por forma a prestar melhores serviços a quem visita e vive em Cabo Verde.
Jorge Santos anunciou o sistema do novo modelo de gestão das encomendas nas alfândegas cabo-verdianas que vai entrar em vigor a partir desta segunda-feira, 01 de Agosto, falou da presença da administração pública nas comunidades cabo-verdianas fora de Cabo Verde, tendo adidos culturais e das comunidades nos países de acolhimento, sem esquecer o investimento.
No concelho da Amadora, uma cidade com múltiplas nacionalidades, ou seja, 101 nacionalidades, mas a autarquia reconhece que a comunidade cabo-verdiana é “especial, porque participa na cidadania activa” da cidade. A Semana com Inforpress
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