sexta-feira, 14 março 2025

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Silêncio da comunidade internacional sobre ditadura na Guiné-Bissau :Partidos condenam repressão do Governo na manifestação de sábado no país

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Várias forças políticas da Guiné-Bissau estão a condenar a atuação do Governo na desmobilização da manifestação pacífica de sábado, que resultou na detenção de 93 pessoas, a maioria das quais, entretanto, libertadas. Os líderes dos principais partidos políticos  contestam o silêncio da comunidade internacional diantes das atrocidades que o regime ditatorial do autoproclamado presidente Sisco Emablo vem cometendo, destruindo o processo democratico e o estado de direito na terra de Amilcar Cabral.

 

 

O partido encoraja “os atores civis e políticos da sociedade guineense a continuarem com ações similares” e apela às forças de segurança e defesa que se abstenham “de atos que vão contra o seu papel”.Alerta ainda a comunidade internacional e outras organizações defensoras dos direitos humanos e da democracia para “os recorrentes desmandos e violação dos direitos básicos e fundamentais praticados pelo atual regime ditatorial”.

 

 

Segundo a Lusa, a coligação PAI-Terra Ranka, que governava o país até à dissolução do parlamento pelo Presidente da República, em dezembro passado, disse, em comunicado, condenar e repudiar “a violência desproporcional” das forças de segurança contra “cidadãos indefesos".

A coligação liderada pelo presidente deposto da Assembleia Nacional Popular, Domingos Simões Pereira, também presidente do PAIGC, exige “o desmantelamento imediato” do que classifica como “milícias antirepublicanas e demais forças do crime organizado que continuam a atentar impunemente”.

No comunicado, a coligação volta a exigir o “retorno à normalidade constitucional” e denuncia “a criminalidade reinante sob a capa do Estado sequestrado por gangues e carteis que transformaram a Guiné-Bissau numa rota de tráfico humano, de droga, de armas e branqueamento de capitais”.

Apela, ainda, à comunidade internacional para que acompanhe atentamente o evoluir da situação” e responsabiliza o Presidente, Umaro Sissoco Embaló, pelas "constantes e abusivas violações dos direitos humanos”.

A mesma fonte revela que o PAIGC (Partido Africano para a Independência da Guine e Cabo Verde) também condenou, em comunicado “o ato brutal e desproporcional” contra a manifestação pacífica, solidariza-se com os detidos e exige a libertação de todos.

O partido encoraja “os atores civis e políticos da sociedade guineense a continuarem com ações similares” e apela às forças de segurança e defesa que se abstenham “de atos que vão contra o seu papel”.

Alerta ainda a comunidade internacional e outras organizações defensoras dos direitos humanos e da democracia para “os recorrentes desmandos e violação dos direitos básicos e fundamentais praticados pelo atual regime ditatorial”.

O Madem G-15 considerou “brutal a reação do Governo guineense, através do Ministério do Interior e da Ordem Pública, à manifestação pacífica e ordeira da sociedade civil, agrupada na Frente Popular”.

Em comunicado, o antigo partido do Presidente da República lembra que a ordem jurídica guineense consagra o direito à manifestação e exige "a imediata libertação de todos os detidos na sequência da marcha”.

Expressa solidariedade para com os detidos e exorta o Governo “a abster-se de atos e comportamentos que limitem o exercício dos direitos civis e políticos”.

Também o presidente interino do PRS (Partido de Renovação Social), Fernando Dias, condenou, em conferência de imprensa, “qualquer ato de tortura” contra quem reclama o que é correto.

O dirigente frisou que “a sociedade civil organizou uma marcha para o Governo corrigir a trajetória” e lamentou que seja “o próprio Governo a provocar a instabilidade da Guiné-Bissau”.

Fernando Dias, prossegue a Lusa, responsabilizou o Governo de iniciativa presidencial pela violência e lembrou que na Constituição da República está plasmado que o cidadão tem direito e liberdade de expressão e de manifestação.

A manifestação de sábado foi convocada pela Frente Popular, que agrupa várias organizações da sociedade civil, com o lema “contra a fome, violência e destruição da democracia”.

Nas primeiras horas da manhã, as forças policiais dispersaram qualquer aglomeração de pessoas com os cartazes da manifestação e prenderam 93 manifestantes, número avançado pelos promotores.

Segundo estes, na noite de domingo, foram libertados 84 manifestantes e nove permanecem detidos, nomeadamente elementos da organização.

A Liga Guineense dos Direitos Humanos acompanhou o processo e manteve conversações com as autoridades do país para a libertação dos detidos, segundo divulgou na sua página oficial.

Em declarações atribuídas ao presidente da organização, Bubacar Turé, é revelado que conversaram diretamente com o chefe de Estado, Umaro Sissoco Embaló, e que “certamente ele exerceu a sua influência para a resolução deste problema”.

Acrescenta que devem também ser levadas em consideração “as intervenções do ministro [da Economia] Soares Sambu e de Lesmes Monteiro, presidente do Partido Luz”.

“Não interessa revelar aqui o que cada um deles fez, mas posso assegurar a todos que foram bastante úteis ao trabalho da Liga para que os detidos fossem libertados. E, permitam-me agradecer o papel que desempenharam ao longo desses dias”, afirmou Bubacar Turé.

Conforme ainda a Lusa, o Governo da Guiné-Bissau ainda não se pronunciou sobre o assunto.

 

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Colunistas

Opiniões e Feedback

Mindoca
15 hours 55 minutes

O que esse homem quer é fazer prova de vida. É que ele parece que está vivo, mas não está. Nem agora nem quando ele foi ...

Terra
21 hours 35 minutes

Deve ser fiscalizado antes de sair de Cabo Verde tb o dinheiro de contracto deve ser investido nos coitados de Cabo Verde nao ...

liberdade
1 day 21 hours

Mesmo complicado se ha verdade adiver essas brucracia pela mor de Deus?

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