sexta-feira, 14 março 2025

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Parlamento/Debate sobre descentralização e desenvolvimento Local: PAICV denuncia descriminação com prática de década 90 «Pedra kâ tâ djugâ cu garrafa»

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O PAICV, atarvés do deputado Luís Pires, denunciou hoje, durante o debate na casa parlamentar  sobre descentralização e desenvolvimento, aquilo que qualifica ser a descriminação das câmaras da oposição pelo atual governo de Ulisses Correia e Silva, com  destaque para a alegada  tentativa fracassada de lichamento político do presidente da Câmara da Praia, Francisco Carvalho. «Consideramos grave a tentativa fracassada de linchamento político do atual Presidente da Câmara da Praia, mas quanto mais tentam levar o Francisco para o calvário, o Carvalho cresce e fica mais querido na capital. É o regresso di 'Pedra kâ tâ djugâ cu garrafa', 'Du tâ mandâ fitcha torneira', 'fidju di dento e fidju di fora' … Tudo isso é lamentável (Sr. Primeiro-ministro), porque democracia não rima com adiscriminação», advertiu. O parlamentar alertou que o MPD (poder), que há 8 anos prometeu mais descentralização,  continua mudo e calado em matéria de Regionalização, defendendo que « a interrupção da descentralização consequente e/ou a perceção de alguma defeituosa desconcentração poderão estar a precipitar inúmeras decisões avulsas, em contexto de muita imprevisibilidade».

 

 

O debate atingiu momentos quentes, com trocas de acusações sobre «poltiquices» entre o governo e Câmara da Boa Vista, tendo o deputado Walter Évora protogonizado interpelações ao Primeiro-minisitro acerca da falta da transferência de verbas de diferentes  fundos e programas governamentais  para financiar vários projectos para a ilha das Dunas, apesar do envio dos projectos e justificativos de despesas feitas às entidades competentes pela equipa do edil Cláudio Mendonça. O mesmo aconteceu  sobretudo com os deputados Luis Carlos Silva (MpD) e  Carlos «Calicas» Tavares do PAICV sobre a Câmara da Praia.

 

Na sua intervenção de abertura ao debate, o  deputado Luís Pires, eleito pelo Círculo Eleitoral da ilha do Fogo, pediu  ao governo de Ulisses Correia e Silva, dados discriminados quanto aos fundos consignados aos Municípios, os desembolsos efetuados e as verbas por transferir de todos os Municípios, por forma a se poder analisar o favorecimento, ou não, das Câmaras suportadas pelo MPD e a “triste” discriminação negativa das Câmaras do PAICV.

Segundo evidenciou, foram os  deputados do PAICV  que aprovaram,  em 2005, a Lei que estabelece o Regime Financeiro das Autarquias Locais.“É através desta Lei que o Fundo de Financiamento Municipal foi aumentado de 7 para 10% das receitas do Estado e as transferências obrigatórias deixaram de depender da vontade do Governo. Hoje, entretanto, há atrasos e até sinais de incumprimento”, fundamentou.

Acrescentou que de 2001 para 2016 o Fundo de Financiamento Municipal aumentou quatro vezes mais, passando de cerca de setecentos milhões de escudos para mais do que 3 mil milhões de escudos. Ainda que em 2010, apresentaram  a proposta de alteração da referida Lei, para aumentar a participação dos municípios nas receitas do Estado, de 10 para 17%, mas o MpD foi contra.

Conforme Luís Pires, em relação ao Fundo do Turismo e ao Fundo do Ambiente, «o cabresto colocado pelo atual governo é já evidente e os Municípios geridos pelo PAICV sentem-se discriminados e alguns até perseguidos». 

O mesmo ressaltou que os cabo-verdianos também sabem que só passamos a ter mais turistas porque o PAICV construiu mais três aeroportos internacionais. Acrescentou que com mais turistas, há mais taxas e  mais fundos para mais desenvolvimentos, graças à visão e boa governação do PAICV.

Dez anos depois, a proposta do PAICV, hoje, é no sentido de apenas 30% do fundo ser destinado ao governo e 70% ser gradualmente municipalizado. A fatia do Governo deveria ser investida nos transportes”,enfatizou.

No entanto, esclareceu que há também discriminação na afetação de outros recursos às Câmaras Municipais do PAICV, designadamente o Fundo de Manutenção Rodoviária que sempre existiu e que o MPD passou a chamar de PRAA. Segundo ele,   há  também discriminação nos contratos-programa do IDJ, contratos com o Ministério da Família, bem como atrasos propositados na disponibilização de verbas no quadro do Contrato Programa para o Projeto “Reforço das Ações de Promoção e Integração Social”.

Tentativa de linchamento político de Francisco Carvalho

 “Nós, enquanto Governo, nunca fizemos oposição a nenhum município do país. Muito pelo contrário, a Câmara da Praia, por exemplo, quando gerida pelo MPD recebeu grandes obras do Governo do PAICV e, para a melhoria de posicionamento no Doing Business, este Município foi escolhido como piloto de várias reformas que permitiram à Praia aumentar receitas e modernizar significativamente a sua administração”, disse.

Por isso, a bancada do PAICV considera grave a tentativa fracassada de linchamento político do atual Presidente da Câmara da Praia. «Deste modo, consideramos grave a tentativa fracassada de linchamento político do atual Presidente da Câmara da Praia, mas quanto mais tentam levar o Francisco para o calvário, o Carvalho cresce e fica mais querido na capital. É o regresso di 'Pedra kâ tâ djugâ cu garrafa', 'Du tâ mandâ fitcha torneira', 'fidju di dento e fidju di fora'… Tudo isso é lamentável (Sr. Primeiro-ministro) porque Democracia não rima com discriminação», denunciou.

 “Quanto a nós, uma abordagem centrada na valorização da sociedade civil e nas organizações de base comunitária, no empoderamento local, na consolidação do municipalismo e na promoção do intermunicipalismo devem continuar a ser prioridade das prioridades”, afirmou.

Em forma de conclusão, Luis Pires  salientou  que o aeu partido  defende  Autarquias com mais poderes e suficientes recursos, podendo assim ajudar a combater a pobreza, o êxodo rural e seu impacto, já dramático, na planificação e gestão dos  principais centros urbanos.

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Colunistas

Opiniões e Feedback

Mindoca
15 hours 53 minutes

O que esse homem quer é fazer prova de vida. É que ele parece que está vivo, mas não está. Nem agora nem quando ele foi ...

Terra
21 hours 34 minutes

Deve ser fiscalizado antes de sair de Cabo Verde tb o dinheiro de contracto deve ser investido nos coitados de Cabo Verde nao ...

liberdade
1 day 21 hours

Mesmo complicado se ha verdade adiver essas brucracia pela mor de Deus?

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