quinta-feira, 21 novembro 2024

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Festival da Baía das Gatas: Soraia Ramos maravilha público jovem na sua estreia

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A actuação da cantora Soraia Ramos marcou o primeiro dia da 38ª edição do Festival da Baía das Gatas ao “prender” o público jovem, que cantou em coro e aclamou a artista do início ao fim.

Mal a jovem cantora subiu ao palco, o público desatou a correr à procura de um lugar mais próximo ou do melhor ângulo para ver a performance desta que era uma das artistas mais esperadas da noite.

E Soraia Ramos retribuiu com temas do seu repertório, que fazem sucesso actualmente, desde o “Não dá Ah, Ah”, passando pelo “O Nosso amor” e “Bai”, enquanto o público respondia euforicamente entoando cada refrão, protagonizando um diálogo entre o palco e a plateia.

“Soncente é sabe pa c…” respondeu no final do espetáculo a cantora, já contagiada pela energia dos sanvicentinos, que devolveram com uma explosão gritos e aplausos, para depois dançarem ao ritmo do “Bu Na Bali Nada”, um dos grandes sucessos e que levou Baía à êxtase, ao mesmo tempo que o público protogonizava um show de luzes com os telemóveis.

“Foi uma actuação incrível”, assim descreveu Soraia Ramos ao falar da sua primeira actuação na Baía das Gatas, que segundo a cantora tem “um dos melhores públicos” em Cabo Verde.

“Sabia que o público de São Vicente era louco, mas não sabia que tinham tanta energia. É a minha primeira vez na Baía como púbico e como artista e foi uma honra representar Cabo Verde neste festival é sem dúvida que foi um dos melhores públicos que eu tive em Cabo Verde”, disse a artista, destacando a “energia do público” que cantou as suas músicas e a ajudou a fazer um “show inesquecível”.

Da ala masculina, Djosinha foi quem aqueceu o público com o seu carisma e espontaneidade, características que marcam a sua atuação em palco.

É que, apesar dos seus 81 anos e de estar a completar 70 anos de carreira, a jovialidade de Djosinha sempre esteve presente nas músicas, na sua dança e na forma como interagiu com o público.

O cantor, que encerrou o quarteto de vozes masculinas após uma viagem pela música tradicional protagonizada por Toi Pinto, Jorge Sousa e Leonel Almeida, mostrou-se satisfeito por voltar à Baía das Gatas, dez anos depois da sua última actuação.

“É uma grande satisfação para mim cantar na Baía das Gatas depois de muitos anos, porque lembraram que estava a fazer precisamente 70 anos de carreira e que eu poderia ser convidado para estar hoje aqui. De forma que eu dei o meu ‘best’, a única coisa que eu poderia”, declarou

Aliás, a música tradicional cabo-verdiana foi o prato forte deste primeiro dia, ocupando cerca de três horas do festival, que arrancou com cerca de uma hora de atraso.

O toque de arranque desta maratona aconteceu com a cantora Tchicau, a primeira do quarteto de mulheres previstas para dar o arranque.

A artista, que se estreou no festival, disse ter se sentido como se fosse uma rainha ao concretizar o sonho de cantar neste que é “um dos melhores festivais de Cabo Verde”.

Seguiu-se Aline Frederico, depois Carmen Silva que fez uma incursão pela música tradicional passando pela ‘world music’.

Para encerrar o quarteto, de mulheres, Cremilda Medina entrou a cantar “Porton di Nôs ilha”, passou por “Saiona de 20 Óne” e conseguiu fazer com que o público que se encontrava nas proximidades do palco, sobretudo alguns jovens, respondesse em coro.

Quando faltavam 20 minutos para às 01:00 entrou Manú Lima e os Cabo Verde Show que lembraram temas como “Milena”, “Sima Sima” e “Teteya”, que marcaram os anos 80, entre outras músicas e que ainda continuam a impactar.

O encerramento do primeiro dia do festival coube aos rappers portugueses do grupo Wet Bed Gang, que depois da actuação de Soraia Ramos ficou com a responsabilidade de manter a fasquia alta, sobretudo junto da camada jovem, que, fugindo ao habitual, fez da sexta-feira “o seu dia D” para o festival.

Não há registos de ocorrências quer na Baía das Gatas, quer na estrada, de acordo com as autoridades.

Hoje, o festival da Baía das Gatas promete mais música com os artistas Ari Kueka, que abre, seguido de Ceuzany, Gai, Constantino Cardoso, Anísio, Nenny, Loony Johnson e por último Julinho KSD.

No domingo, a abertura da 38ª edição do festival, em homenagem aos cabo-verdianos “um povo resiliente”, está prevista para acontecer mais cedo. Vão cantar Edwin Vibez, Gillo, Yuran Beatz & Kré SK, e Tiago Silva, Hilár e Dieg, para além da dupla de cantores santomenses Calema, do cantor Djodje e da banda de reggae Morgan Heritage, que vai encerrar o festival. A Semana com Inforpress

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Colunistas

Opiniões e Feedback

David Dias
8 days 23 hours

Todos querem ser escritores. Todos, todos, todos.

António
10 days 22 hours

Descilpem, mas os antigos reformados não vivem assim, pois pensões não foram atualizadas.

António
18 days 20 hours

Quando as eleições terminarem fiscalize essas construções em russ estreitas e que são autenticas autenticas bombas

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