A Cruz Vermelha vai destacar equipas de dez pessoas, por turno, e os Bombeiros Municipais terão 20 elementos para a 38ª edição do Festival Internacional de Música da Baía das Gatas que arranca hoje em São Vicente
Em declarações à Inforpress, o responsável pela Cruz Vermelha em São Vicente, Benvindo Leston, disse que este ano a organização estará no festival em melhores condições, com espaço maior para atender as pessoas.
Os turnos na tenda da Cruz Vermelha começam já esta sexta-feira, por volta das 16:30, e prolongam-se até a segunda-feira, as 08:00, por causa do feriado nacional de 15 de Agosto.
“Vamos contar com 18 enfermeiros. Mas eu e o presidente da câmara de São Vicente falamos no sentido de a Delegacia de Saúde dar o seu apoio com médicos, mas ainda estamos à espera para podermos ver em que sentido vão estar lá, se é presencial ou se vão ficar na Baía em regime de chamada”, avançou Benvindo Leston para quem a equipa terá enfermeiros e socorristas experientes para dar apoio especializado em caso de necessidade.
Conforme a mesma fonte, a nível de atendimentos a Cruz Vermelha trabalha com várias questões tais como insolação, ferimentos, curativos, suturação, assistência a pessoas com intoxicação alimentar e, principalmente, pessoas alcoolizadas.
“Sabemos que o festival é um espaço que muitas pessoas aproveitam para o convívio entre amigos e a família. Mas, aconselhamo-las que tenham contenção na bebida, que não excedam para facilitar o nosso trabalho para que possam fazer uma boa condução e evitar acidentes”, pediu o responsável.
Por sua vez, os Bombeiros Municipais de São Vicente vão destacar 20 elementos para o serviço durante os três dias do festival. É que segundo o comandante Albertino Lima, a corporação tem, neste momento, um número reduzido de efectivos.
“Estes 20 elementos vão funcionar em regime de turnos, porque temos um efectivo bastante reduzido e não dá para aumentar o número de pessoal na Baía. A corporação tem, neste momento, 12 bombeiros profissionais e 11 voluntários, o que é bastante reduzido para a ilha de São Vicente”, disse, acrescentando que estarão com meios de mobilidade, como viaturas de socorro, de combate a incêndio e uma viatura de acidente de estrada para desencarceramento”.
“Esperamos que não aconteçam acidentes, mas se acontecer algo teremos equipamentos para fazer face a estas situações”, garantiu Albertino Lima.
Hoje, a abertura da 38ª edição do festival da Baía das Gatas acontece por volta das 20:30 com um quarteto de vozes femininas, formado por Tchicau, Aline Frederico, Carmen Silva e Cremilda Medina. Depois entra em palco um outro quarteto, agora masculino, à vez, constituído por Toi Pinto, Jorge Sousa, Leonel Almeida e Djosinha.
A noite de madrugada de sexta-feira reserva ainda as actuações do grupo Cabo Verde Show, da artista Soraia Ramos e dos rappers portugueses Wet Bed Gang, que fecha o palco do primeiro dia.
No sábado, 13, também a partir das 20:30, o palco da Baía das Gatas está reservado aos artistas Ari Kueka, que abre, seguido de Ceuzany, Gai, Constantino Cardoso, Anísio, Nenny, Loony Johnson e Julinho KSD, que encerra o dia.
No domingo, 14, aproveitando o feriado nacional do dia seguinte, 15, a organização transformou esse dia naquele em que concentrou nomes e bandas badaladas, o que geralmente tem ocorrido aos sábados no alinhamento do festival.
Por isso, no domingo, o palco abre mais cedo, às 17:30, com a nova geração de músicos e artistas a maioria virada para o género hip-hop, entre eles Edwin Vibez, Gillo, Yuran Beatz & Kré SK, e Tiago Silva, Hilár e Dieg, ficando para a recta final as actuações de Calema, Djodje e da banda de reggae Morgan Heritage, que encerra a 38ª edição, em homenagem aos cabo-verdianos “um povo resiliente”.
O Festival Internacional de Música da Baía das Gatas teve a sua primeira edição no dia 18 de Agosto de 1984, é realizado anualmente na praia da Baía das Gatas, a oito quilómetros da cidade do Mindelo, e desde aquela data não se realizou ali, em 1995, devido a uma epidemia de cólera que assolou Cabo Verde, e nos anos 2020 e 2021, por causa da pandemia da covid-19, embora a concretização do evento no formato online nas últimas duas edições, mas não no palco da baía.
Anualmente, a Câmara Municipal de São Vicente, que organiza o evento, reserva uma verba no orçamento municipal para fazer face às despesas com a logística, viagens e cachê de artistas de Cabo Verde e do estrangeiro, sendo certo que o grosso do montante para suportar o evento, de acordo com a autarquia, provém de patrocínios de empresas e outras instituições.
A Semana com Inforpress
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