Em 3 de março, o carro com caricaturas de judeus ortodoxos — estereotipados pelas barbas, narizes e sacos de dinheiro — provocou tanta indignação que levou a ONU e a União Europeia a condenaram o "antissemitismo" do quadro carnavalesco. Nove meses depois, o próprio edil de Aalst, a trinta quilómetros de Bruxelas, antecipando a perda de estatuto de Património Imaterial da Humanidade pediu que a cidade fosse retirada da lista da Unesco. Nove dias depois, esta quinta-feira, 12 a Comissão da Unesco confirma a decisão.
A nonagésima-primeira edição do carnaval belga de Aalst, com raízes na Idade Média, faz história mas pela negativa, dada a acusação de "recorrência de racismo e antissemitismo" e consequente decisão da sua retirada da lista de Património Imaterial da Humanidade, confirmada através do site oficial da Unesco.
A decisão é justificada pela forma como se organiza aquele festival ,"incompatível com os princípios fundamentais da convenção de 2003", que estipula que "será levada em consideração apenas o património cultural imaterial que seja compatível com os instrumentos internacionais de direitos humanos em vigor, assim como os requisitos de respeito mútuo entre comunidades, grupos e indivíduos", lê-se no site da Unesco.
O carnaval da cidade belga de Aalst foi reconhecido como Património da Humanidade em 2010.
Fontes: AFP/Foto: Caricaturas de ortodoxos judeus derrubaram o carnaval belga de Aalst da lista de Património Imaterial da Humanidade.
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