segunda-feira, 16 setembro 2024

EUA/Eleições:Biden desistiu e agora? As conversas de bastidores e as alternativas entre os Democratas

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As atenções estão viradas para Kamala Harris, que já anunciou a sua candidatura, mas a eleição da vice de Biden ainda não é garantida. Para obter a nomeação, um candidato precisa do apoio de pelo menos 600 delegados no encontro nacional do partido.

Ao desistir antes da Convenção Democrata, o processo de substituição de Joe Biden tornou-se relativamente mais simples: para obter a nomeação, um candidato precisa do apoio de pelo menos 600 delegados no encontro nacional do partido. Já se a decisão tivesse sido tomada depois da convenção, que este ano decorre em Chicago entre 19 e 22 de agosto, as coisas complicavam-se, porque os boletins de voto para as presidenciais de 5 de novembro já teriam sido impressos em muitos estados – e as regras para a troca de nomes a meio do processo variam de estado para estado. 

Contudo, sob a Constituição americana, o Colégio Eleitoral tem a palavra final: ou seja, qualquer voto em Joe Biden, mesmo já não sendo ele o candidato, contaria como um voto no candidato democrata quando o colégio se reunisse em dezembro, um mês depois da ida às urnas, para concluir o processo eleitoral. Mas a desistência de Biden este domingo, 21 julho, deixou o caminho livre para novos candidatos democratas.

Aliás, no momento em que desistiu, o ainda presidente dos EUA lançou o apoio à sua vice-presidente Kamala Harris - que umas horas depois acabou por anunciar também que se vai candidatar mesmo à Casa Branca. "Sinto-me honrada por ter o apoio do presidente [Joe Biden] e a minha intenção é conseguir vencer esta nomeação" que será decidida na naquela Convenção do Partido Democrata no próximo mês, em Chicago. 

Até ao anúncio da desistência de Biden, as últimas palavras públicas do presidente e os sucessivos comunicados da sua equipa seguiram o sentido oposto. Ainda assim, foram-se multiplicando as apostas e jogos de probabilidades sobre quem poderia tomar o seu lugar – incluindo entre os republicanos que, em meados de julho, estiveram reunidos em Milwaukee para a Convenção Nacional do partido, onde Trump foi confirmado como candidato à presidência.

Grupos de apoio a Trump já testam mensagens contra potenciais substitutos de Biden

Nos corredores do encontro, os repórteres do Politico falaram com fontes do MAGA Inc., o principal super PAC de apoio a Trump, que confirmaram que já estavam a testar mensagens contra potenciais substitutos de Biden, incluindo a atual vice-presidente Harris, a governadora do Michigan, Gretchen Whitmer, e até Mark Cuban, um milionário e empresário famoso pelo programa de TV Shark Tank. Uma outra reportagem em Milwaukee, da New York Magazine, tinha como título: “Os republicanos estão à espera de Kamala Harris e a temer Michelle Obama”. E logo a seguir: “A conversa na Convenção Nacional Republicana é sobre o que está a acontecer ao outro partido.”

O apelido Obama continua a preencher os sonhos de democratas (e os pesadelos dos republicanos) oito anos depois de Barack ter passado o testemunho a Trump, com o nome da mulher do antigo presidente a circular como a “única alternativa viável” a Biden pelo menos desde novembro, graças a um tweet de um ex-assessor de Obama, um dos primeiros a lançar a deixa sobre o então candidato democrata ter de repensar a sua candidatura.

Michelle Obama, mulher do antigo presidente norte-americano Barack Obama, é quem surge mais bem qualificada nas sondagens - mas nada indica que pretenda candidatar-se à presidência (Getty Images)

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Quais as alternativas?

Nada indica que Michelle Obama esteja entre os nomes citados pelos democratas interinamente – muito menos que a própria esteja interessada em ocupar o cargo. Ainda assim, houve assessores quer de Barack quer de Joe Biden a discutir, mais ou menos abertamente, a hipótese de uma nova administração Obama. “Se o Presidente Obama estivesse investido nisso, [Biden] ficaria investido nisso”, disse o representante democrata Mike Quigley, um dos que pediu publicamente ao atual chefe de Estado que desistisse da recandidatura.

Uma sondagem da Universidade de Suffolk para o USA Today, conduzida no início de maio, sugeria que “as celebridades não vão influenciar estas eleições” mas que “um casal em particular ainda tem poder de influência”, com Barack e Michelle nos lugares cimeiros entre os eleitores inquiridos, bem à frente de personalidades como Oprah Winfrey ou Taylor Swift. Contudo, a maioria no aparato político democrata sabe que ter um (ou uma) Obama a disputar a presidência com Trump é matéria de romances, não da realidade. Como diz um consultor do partido: “Os Obamas podem acelerar um reinício, mas não podem ganhar isto por Biden.”

Gretchen Whitmer, governadora do Michigan, é uma das alternativas mais apontadas entre os democratas (AP)

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Quem, então, pode substituir o atual candidato democrata? As fichas recaem sobretudo em Kamala Harris, com seis em cada 10 eleitores democratas a considerar que faria um bom trabalho enquanto presidente – ainda que vários outros inquéritos de opinião conduzidos desde o debate Trump-Biden de 27 de junho prevejam que também seria derrotada pelo rival republicano.

Da lista de alternativas consta também o nome de Gretchen Whitmer, atual governadora do Michigan, que durante a presidência Trump foi alvo de uma alegada tentativa de rapto e homicídio travada pelo FBI. E constam ainda os nomes de Gavin Newsom, desde 2019 governador da Califórnia, de J. B. Pritzker, governador do Illinois, de Josh Shapiro, governador da Pensilvânia, e de Pete Buttigieg, ministro dos Transportes na atual administração.

Três coisas unem todos eles: nenhum parece bem colocado nas sondagens para derrotar Trump, nenhum está propriamente inclinado a arruinar uma futura candidatura à presidência com potencial numa jogada com quase tudo para correr mal e todos foram mais ou menos vocais a defender que Biden devia continuar na corrida. Mas Biden desistiu. E agora, o que se segue?

A Semana com CNN Portugal

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Colunistas

Opiniões e Feedback

D. G. WOLF
13 days 1 hour

A Guiné-Bissau é uma espinha atravessada na garganta dos cabo-verdianos.

JP
17 days 3 hours

hehehe SATANÁS ta inspeciona DEMONIOS hehehe Só trossa propi

António
18 days 20 hours

Abro radio e tv oiço aplicacao de milhões e milhoes escudos , de um momento para outro. Cifrões serios e não serios

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