quarta-feira, 19 março 2025

Federação das mulheres do PAICV considera a recente remodelação governamental verdadeiro retrocesso a nível da participação das mulheres na política

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A presidente da  Federação Nacional das Mulheres do PAICV(FNMPAI)  crítica, hoje, que  a recente remodelação do Governo de Cabo Verde, liderado pelo Primeiro-ministro Ulisses Correia e Silva, é «um autêntico retrocesso», limitando claramente a voz, a influência e a ação das mulheres na vida política do país.

 

A solução do MPD apresentada ao País no âmbito da remodelação governamental, há escassos 10 dias, reverte os avanços que Cabo Verde havia feito em termos de inclusão feminina na política e confirma a orientação do MPD pela menorização da participação das mulheres, tão flagrante durante as últimas eleições autárquicas”, fundamenta Ana Paula Moeda em conferência de imprensa.

A conferencista lembra que em 2008 as Mulheres chegaram a representar 60% de Ministros, constituindo um peso enorme e bem conseguido na governação do país.

Conforme salienta, a  sub-representação das Mulheres não apenas compromete a equidade nas decisões políticas, mas também pode afetar negativamente a formulação de políticas que considerem as perspetivas e necessidades femininas, bem como as das Famílias Cabo-verdianas.

Portanto, essa remodelação vai resultar em um Governo menos sensível às questões Sociais bem como às de género e à promoção da igualdade”, disse.

Segundo a mesma dirigente do maior partido da oposição, «é um arranjo tosco que despreza a prática da Representatividade Regional», revelando a insensibilidade do MpD em relação à coesão territorial e à participação das Ilhas no Executivo da República.

Acrescenta que é uma proposta atabalhoada, claramente de fim do ciclo, no flagrante dos " jobs for the boys" em detrimento da Juventude pujante que assiste suas reais oportunidades a fugirem-lhe e a intergeracionalidade a cair por terra.

“Em suma, um Governo em que o Povo Cabo-verdiano não se revê e que caminha para uma derrota anunciada”, afirmou.

Ana Paula Moeda salientou, por outro lado, que é essencial reduzir a insatisfação Cidadã em relação às Instituições democráticas e encurtar a distância entre os governantes e os governados.

Diz ainda  que essa flagrante falta de representatividade feminina está à revelia da maioria dos cidadãos que, pelas eleições, determinam os poderes e que, pelas contribuições e impostos, sustentam os seus titulares.

A pergunta que as Cabo-verdianas e os Cabo-verdianos já fazem é a seguinte: que Governo este, o pior desde a Independência Nacional, para estes anos em que o País espera comemorar com dignidade Patriótica o Cinquentenário da Soberania e tem também por ambição atingir os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável nos próximos 5 anos?”, questiona a presidente da Federação  das Mulheres do PAICV.

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