sábado, 22 fevereiro 2025

Cabo Verde tem mais laboratórios cinco anos após a covid-19

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Especialistas em saúde afirmaram hoje à Lusa que Cabo Verde dispõe de melhores laboratórios e maior capacidade para enfrentar doenças, no dia em que se assinalam cinco anos após a chegada da covid-19 a África.

"Foi possível instalar, rapidamente, laboratórios de alta tecnologia" no país, expandir outros, ligados à virologia, e "implementar uma unidade de sequenciação genómica", que permite vigiar novas ameaças, afirmou a presidente do Instituto Nacional de Saúde Pública (INSP), Maria da Luz Lima.

As melhorias permitem que o arquipélago possa diagnosticar doenças virais sem necessidade de enviar amostras para o exterior, o que representa um avanço face à situação anterior à pandemia.

Maria da Luz Lima disse ainda que, apesar dos desafios iniciais, como a inexistência de vacinas e a falta de meios de diagnóstico, Cabo Verde conseguiu dar uma boa resposta à pandemia, com uma comunicação eficaz e articulação entre os setores afetados.

O bastonário da Ordem dos Enfermeiros de Cabo Verde, Aniceto Santos, disse que a pandemia trouxe "consequências desastrosas", como a perda de vidas (414 mortes devido à covid-19), mas também resultou em melhorias nas infraestruturas de saúde e no reforço de profissionais, aliviando a sobrecarga dos serviços.

"Parece que tudo está a evoluir positivamente", referiu.

O economista António Batista indicou que o impacto da pandemia nos negócios teve implicações no bem-estar da população, com aumento do desemprego e encerramento de muitas empresas.

"Houve perdas irrecuperáveis", disse, acrescentando que a pandemia trouxe mudanças nos hábitos, como o teletrabalho e o ensino à distância.

 Segundo Batista, o apoio do Governo foi insuficiente para os mais afetados, uma vez que os recursos foram canalizados para o setor da saúde.

"Muitos até já se esqueceram da covid-19, mas o medo e a precaução persiste", afirmou.

Jacob Vicente, especialista responsável pelo único Centro de Atendimento Psicológico na capital cabo-verdiana, considerou que Cabo Verde reagiu bem à pandemia, mas alertou para as consequências psicológicas deixadas pela crise.

"O esgotamento e o cansaço mental tornaram-se comuns, a ansiedade aumentou e a depressão disparou. Temos pessoas com insónias há meses ou anos e que se queixam de falta de memória", referiu, acrescentando que os ataques de pânico e a intolerância no trabalho também cresceram.

O primeiro caso da covid-19 em Cabo Verde foi confirmado a 19 de março de 2020, num turista britânico.

Segundo os dados mais recentes do Ministério da Saúde, Cabo Verde registou 64.109 casos de covid-19 e 414 óbitos.

A Semana com Lusa

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