O ministro dos Negócios Estrangeiros do Egito disse ao chefe da diplomacia dos Estados Unidos que os países árabes rejeitam o plano de Donald Trump para expulsar os palestinianos da Faixa de Gaza.
Badr Abdelatty enfatizou "a urgência de iniciar a rápida recuperação" e reconstrução de Gaza "com a presença de palestinianos" no enclave, "à luz do seu apego à sua terra e da sua absoluta rejeição da deslocação".
O ministro dos Negócios Estrangeiros transmitiu ainda ao secretário de Estado norte-americano Marco Rubio "o total apoio dos mundos árabe e islâmico, bem como da comunidade internacional" à presença de palestinianos em Gaza.
De acordo com um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros egípcio, os dois diplomatas encontraram-se em Washington.
No encontro, Rubio agradeceu a Abdelatty os "esforços de mediação do Egito para garantir a libertação dos reféns, manter as entregas de ajuda humanitária em Gaza e aceitar evacuações médicas", referiu a diplomacia norte-americana.
Ao receber na semana passada o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu em Washington, o presidente norte-americano, Donald Trump, declarou que os Estados Unidos iam "tomar posse" da Faixa de Gaza e "livrar-se dos edifícios destruídos", com o objetivo de desenvolver economicamente o território, afirmações que foram amplamente condenadas em todo o mundo.
Repetiu também que os habitantes de Gaza poderiam ir viver para a Jordânia ou para o Egito, apesar da oposição destes e de muitos outros países, além da dos próprios palestinianos.
Questionado por um repórter do canal televisivo Fox News sobre se os palestinianos teriam o "direito de retorno" ao enclave palestiniano devastado pela guerra, uma vez reconstruído, Trump respondeu: "Não, não teriam, porque terão alojamentos muito melhores".
A Semana com Lusa
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