Pelo menos 36 pessoas morreram e centenas de aldeões perto da capital birmanesa, Naypyidaw, tentam hoje fugir às grandes inundações provocadas pelo tufão Yagi, cujo número de mortos subiu para mais de 280 nos países da região.
Em Myanmar (ex-Birmânia), as autoridades declararam hoje que 36 pessoas morreram, em comparação com as anunciadas 17 na quinta-feira. O último levantamento realizado pelos países da região indica pelo menos 280 mortes, incluindo 233 no Vietname.
Muitas pessoas continuam desaparecidas, aumentando o receio de um maior número de vítimas.
O norte do Vietname, o Laos, a Tailândia, as Filipinas e Myanmar sofreram inundações e deslizamentos de terra devido ao tufão, que trouxe chuvas torrenciais quando atingiu a região no fim de semana passado.
Cerca de 50 mil pessoas tiveram de fugir das suas casas em Myanmar, segundo as autoridades que criaram abrigos para os deslocados.
"Caminhámos com água até ao pescoço na manhã de hoje. Temos fome e sede, não comemos há três dias", disse à agência de notícia AFP uma mulher da aldeia de Sin Thay, nas proximidades da capital de Myanmar.
Os soldados resgataram aldeões que viviam em vilas nas proximidades de rios e riachos que rodeiam a capital birmanesa.
Alguns foram obrigados a atravessar águas lamacentas, enquanto as casas e as plantações vizinhas de banana e de cana-de-açúcar ficaram submersas.
"Esta é a primeira vez que sofro deste tipo de inundações. Não tivemos tempo para nos prepararmos, é uma experiência muito assustadora", disse um homem que vive numa das aldeias atingidas pelas inundações.
A Semana com Lusa
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