O PAICV defendeu esta quinta-feira, a promoção e a dinamização da economia marítima, com vista a tirar o maior proveito do seu potencial, considerando que o sector constitui um “eixo importante” para Cabo Verde.
Para Joãõ do Carmo, deputado do maior partido da oposição, os oceanos não são apenas uma “fonte de beleza e de lazer”, representam a essência da vida, argumento que em Cabo Verde, a diversidade marinha é “um tesouro” que todos deveriam proteger e preservar para as gerações futuras.
No entanto, frisou, apesar da sua vital importância, os oceanos enfrentam desafios a nível da poluição, pesca excessiva, alterações climáticas, que têm ameaçado a saúde dos ecossistemas marinhos.
“Existem desafios no melhoramento da gestão dos oceanos, de modo a assegurar a sustentabilidade deste recurso”, disse, destacando a sua importância para a economia.
João do Carmo diz que chegou o “tempo de a economia azul sair das intenções e dos discursos” do Governo do MpD e começar “efectivamente a tirar proveito da economia azul sem descurar a questão da sustentabilidade”.
“Vamos proteger e preservar estes preciosos recursos naturais, não apenas por nós, mas pelas gerações futuras e por toda a vida que habita os nossos centros. É preciso refletir sobre o papel que desempenhamos na conservação dos oceanos, desde a redução do consumo de plástico até o apoio a iniciativas de limpeza costeira”, sublinhou.
Por outro lado, afirmou que o Governo “não soube” trabalhar neste sector, dando exemplo do plano estratégico do “cluster” do mar e a situação do Porto do Maio e o seu assoreamento.
“Desde 2019, o Ministério das Infraestruturas iniciou as obras de construção do Porto, é um reflexo claro e inequívoco da incompetência do actual Governo na gestão dos recursos públicos e no cumprimento das suas responsabilidades perante o povo”, afirmou, sublinhando que esta obra era uma promessa de desenvolvimento e crescimento económico para esta ilha.
“Estamos em Junho de 2024 e o Porto, que deveria estar operacional há dois anos, encontra-se inoperável devido a graves erros cometidos pelo Ministério do Mar e pelo Ministério das Infraestruturas. Este desgoverno tem repetidamente falhado em ouvir e responder às necessidades reais da população, resultando num desperdício de recursos públicos”, criticou.
A mesma adiantou que os cabo-verdianos não podem continuar a pagar por “erros de gestão, incompetente e irresponsabilidade”” neste sector.
“Exigimos uma resposta imediata e eficaz ao problema do assoreamento do Porto do Maio. É imperativo que este desgoverno pare de priorizar a sua imagem e comece a trabalhar para as reais necessidades do povo de Cabo Verde”, concluiu.
Por seu turno, o deputado da União Cabo-verdiana Independente e Democrática (UCID) João Santos Luís disse que os oceanos são uma temática importante e que os principais actores políticos deveriam sentar à mesa para encontrar soluções, através do mar para o desenvolvimento do país.
“Isto não está a acontecer”, observou, afiançando que tem assistido promessas do antigo e actual Governo, mas que na prática “não se sente” o trabalho e o “melhor caminho” neste sector, considerando que o mar é e será o “patamar importante” para o desenvolvimento do país.
A Semana com Inforpress
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