A orquestra da Academia Cesária Évora foi aplaudida de pé na abertura oficial da 10ª edição da maior feira de música transatlântica e o diretor-geral do evento alertou que os palcos estão se tornando pequenos para os espetáculos.
Gugas Veiga fez essas declarações durante o seu discurso, numa uma noite em que 31 personalidades nacionais e internacionais foram homenageadas.
A noite também foi encantada pela banda Cartel de Cabo Verde, composta por músicos “extraordinários e belas vozes” femininas que interpretaram uma variedade de temas tradicionais.
Durante a sua locução, o director geral do AME destacou os desafios enfrentados, principalmente os financeiros, com cortes no orçamento por três anos consecutivos.
No entanto, enfatizou a resiliência da organização e a determinação em promover a cultura cabo-verdiana, indicando a necessidade de decidir onde posicionar os palcos no futuro, já que os actuais estão a ficar estreitos para o evento.
“O Palácio da Cultura já atingiu o seu limite para o número de participantes, a Rua Pedonal está cada vez mais pequena, e a Pracinha Escola Grande, de dois anos para cá temos que conviver com funcionamento de um ministério a quem causamos constrangimentos por uma semana e vamos ter que procurar soluções”, observou.
Conforme precisou Gugas Veiga, é fundamental determinar se este evento é prioritário para a exportação da música de Cabo Verde e para a promoção do país.
Segundo disse, é imperativo trabalhar em conjunto e resolver sustentabilidade do evento a curto e médio prazo, por meio de contratos de parcerias plurianuais e legislação governamental e municipal.
Isto porque, justificou, o AME tem o potencial de gerar significativos retornos financeiros e promover uma imagem positiva de Cabo Verde.
“O impacto deste evento e do Kriol Jazz Festival na economia local é inquestionável e daqui eu lanço o repto ao Governo e parceiros para nos ajudar a cobrir um estudo de impacto mais amplo”, apelou.
Orçado em cerca de 20 mil contos, e sob o lema “sustentabilidade artística”, 26 artistas nacionais e internacionais compõem o cartaz da 10ª edição do Atlantic Music Expo (AME).
Katia Semedo, Quarteto Ano Nobo +1, Zubukilla Spencer, Manu Reys, Ste Mandela, Primitive e Dj Axel da Praia, Gabriela Mendes, Elly Paris, Sizal de São Vicente, Gerson Spencer e Berlock a residir em Portugal, George Tavares do Maio e Dj Sarumawashi de Santo Antão são os artistas nacionais que actuam no AME 2024.
Nove nacionalidade compõem o rol de artistas internacionais, como Giuliano Gabriele da Itália, Ana Setton, Camila Reis e Dend do Brasil, o grupo Browm Rice Family do Japão e Estados Unidos, LuiS Caracol e Dj Danykas de Portugal, Klaudio Hoshai de Angola, Jocelyn Balou do Congo, Le-Panda da Quebec Canadá e Insolito Universo da Venezuela.
A Semana com Inforpress
02 DE BARIL 2024
Terms & Conditions
Subscribe
Report
My comments