sábado, 02 novembro 2024

Missão da NASA para estudar os oceanos descola com sucesso de Cabo Canaveral

Estrela inativaEstrela inativaEstrela inativaEstrela inativaEstrela inativa
 
A missão PACE da NASA e da empresa SpaceX, que nos próximos anos vai aprofundar o estudo da atmosfera e dos oceanos, descolou hoje com sucesso do Centro Espacial Kennedy, em Cabo Canaveral, no estado norte-americano da Florida.

Às 06:33 (hora em Lisboa), o foguetão Falcon 9 descolou da base espacial e completou com sucesso todas as fases programadas, inclusive as mais críticas, nomeadamente o desprendimento do satélite PACE do foguetão e, posteriormente, a abertura dos painéis solares.

Às 07:08, quando todas as fases programadas já tinham sido concluídas, toda a equipa da NASA responsável pela missão no Cabo Canaveral, na Florida, comemorou o sucesso do lançamento, que teve que ser adiado por duas vezes esta semana devido às más condições do tempo.

A oceanógrafa da NASA Violeta Sanjuan explicou à agência de notícia EFE que se trata de um satélite revolucionário porque irá fornecer detalhes do oceano, especialmente das microalgas [fitoplâncton], que nunca tinham sido alcançados antes.

O fitoplâncton, explicou a oceanógrafa, representa apenas 1% da massa vegetal total do planeta [incluindo terrestre], mas mesmo assim “gera aqueles 50% a 60% do oxigénio” que estão disponíveis no planeta.

A missão PACE, sigla em inglês para Plankton, Aerosols, Clouds and Ocean Ecosystems, é única, porque além de analisar detalhadamente o fitoplâncton, irá fazê-lo do ponto de vista da sua interação com aerossóis e substâncias suspensas no ar.

“Isso dará uma visão incrível que não tínhamos até agora, de como os nossos oceanos se comportam, de como é a atmosfera e como ambos interagem e regulam o nosso clima”, declarou Sanjuan.

O satélite é composto por três instrumentos, um destes é um sensor que pode identificar até 256 cores no oceano, enquanto as ferramentas anteriores só conseguiam diferenciar menos de dez tonalidades, detalhou ainda.

A importância de determinar essas tonalidades deve-se ao facto de a cor do fitoplâncton variar de acordo com a sua espécie.

Este organismo é muito importante, não só porque é a base da cadeia alimentar e a origem da vida, mas pela importância que tem para as alterações climáticas, acrescentou Sanjuan.

A cientista lembrou ainda que o oceano representa 70% da superfície terrestre e que apenas cerca de 5% foi estudado.

Nesse sentido, destaca que o PACE é um “salto tecnológico” que permitirá grandes avanços na sua vida útil de três anos.

Sanjuan sublinhou ainda que o satélite terá combustível durante 10 anos e espera que sobreviva mais do que os três que a agência espacial norte-americana concedeu à sua missão.

A espanhola especificou que o satélite voará numa órbita que se move com a Terra e que poderá haver certas regiões do planeta com uma repetição entre um e dois dias, o que ajuda a observar as mudanças dos oceanos e a estudar a evolução destas espécies de fitoplâncton.

Esta informação é crucial “para as alterações climáticas, para o ciclo do carbono e para a vida do planeta”, apontou.

A missão PACE, com um custo de 946 milhões de dólares, junta-se a uma frota de vinte satélites que monitorizam diversos parâmetros da Terra.

A Semana com Lusa

08 de Fevereiro de 2024

 

120 Characters left


Colunistas

Opiniões e Feedback

Braga Maria Cobom di Nona
23 days 15 hours

Desta forma não vamos ter estabilidade na saúde na região Fogo/Brava.

D. G. WOLF
1 month

A auto-ajuda é o refúgio dos falhados.

João Mendes
1 month 4 days

Estamos a assistir a um hediondo crime apoiado pela América

Pub-reportagem

publireport

Rua Vila do Maio, Palmarejo Praia
Email: asemana.cv@gmail.com
asemanacv.comercial@gmail.com
Telefones: +238 3533944 / 9727634/ 993 28 23
Contacte - nos