A vice-presidente da Associação para a Defesa do Ambiente e Desenvolvimento (ADAD), Neusa Brito, considerou este sábado que a saída dos EUA do acordo de Paris é “extremamente negativo” para Cabo Verde e a nível mundial.
Neusa Brito fez estas considerações em entrevista à Inforpress a propósito da saída dos Estados Unidos da América (EUA) do Acordo de Paris sobre mudanças climáticas e dos possíveis impactos para Cabo Verde, sublinhando que o acordo vai ficar fragilizado com esta decisão.
“Este anúncio é maléfico para o mundo inteiro porque os EUA, ao se desligarem deste acordo, vão fragilizar o objectivo de redução de emissões de gases com efeito de estufa” disse, considerando que as emissões vão aumentar ao invés de reduzir.
Avançou ainda que este anúncio é “muito perigoso” porque pode induzir outros países a saírem também do acordo de Paris.
Neusa Brito considerou ainda, que neste momento todos os países a nível mundial precisam unir esforços para tomarem decisões eficazes a nível ambiental.
De relembrar que, em 2015, mais de 190 países se reuniram numa cimeira climática das Nações Unidas, em Paris, e aprovaram o Acordo de Paris, ou Acordo Climático de Paris, para limitar o aquecimento global abaixo de 2°C (graus celsius), até ao final do século e buscar esforços para limitar esse aumento até 1,5°C.
O consenso foi dividido entre os países sobre se a meta deveria ser de 1,5 ou dois graus. O limite inferior foi o sugerido pelos cientistas do clima e, em última análise, foi adicionado ao texto como um ideal, em vez da meta formal do acordo.
A Semana com Inforpress
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