O Movimento para a Democracia (MpD) acusou na quarta-feira o jornalista da RCV Carlos Santos de falta de isenção no comando da rúbrica “Café Central”, alegando que o jornalista usa o espaço para atacar o Governo e o MpD.

Em nota de imprensa enviada à Inforpress, o partido aponta que a atuação do jornalista da rádio pública tem se caracterizado pela falta de rigor, acusando Carlos santos  de “raramente capaz de dar informações corretas e dados de conhecimento geral” e de manter diálogos sem isenção com os editores do programa. 

“É frequente o jornalista Carlos Santos convidar para o Café Central da RCV pessoas para anular, pôr em causa ou lançar dúvidas sobre os convidados anteriores, quando estes são próximos do MpD. Este comportamento não pode ser considerado o exercício do contraditório”, lê-se na nota de imprensa. 

O MpD recorreu a edição do programa de hoje para exemplificar a denúncia, ao apontar que o convidado da edição “atacou” o presidente do MpD ao comentar a participação anterior de Ulisses Correia e Silva no programa, com o reforço da síntese do jornalista.  

“É de realçar, e nesta entrevista ao senhor Alte Pinho também se verificou, a sempre rápida síntese que o jornalista Carlos Santos faz dos seus convidados, e assim imputando a este as conclusões que ele, Carlos Santos, faz, realçando aspetos negativos dirigidos ao MpD e ao Governo”, prossegue a nota. 

Neste sentido, o MpD avançou que está a preparar uma participação para apresentar à Autoridade Reguladora da Comunicação Social (ARC) na qual serão expostos “todos os factos que consubstanciam a denúncia”.

A nota de imprensa faz referência que a denúncia é feita “com todo o sentido de responsabilidade” e “sem medo” que a mesma seja usada, por determinados sectores, para gritar que há censura ou ausência de liberdade de imprensa porque, como refere, “a imprensa livre é uma das grandes conquistas do 13 de Janeiro, por isso deve ser livre e não subordinada a interesse de um ou outro jornalista ou sujeito político”. 

A Semana com Inforpress