quinta-feira, 21 novembro 2024

Professores denunciam Ministério da Educação por falta de pagamento de serviço prestado no valor de 18 mil contos

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Um grupo de professores responsáveis pela concepção e validação do programa escolar para o 9º e 10º anos denunciaram hoje o Ministério da Educação por não pagar serviços prestados no valor de 18 mil contos.

A denúncia, feita durante uma conferência de imprensa realizada no campus da Universidade de Cabo Verde (Uni-CV), na cidade da Praia, indica ainda que o trabalho foi prestado há mais de três anos.

Jair Martins, um dos representantes do grupo, explicou que, após diversas tentativas “fracassadas” de resolver a questão de maneira amigável com o Ministério da Educação, mais concretamente com a DGPOG (Direcção Geral de Planeamento, Orçamento e Gestão) e a Uni-CV, viram forçados a recorrer à comunicação social para protestar contra o que classificam como "descaso" das entidades responsáveis.

“Fizemos várias tentativas de resolver a questão com o Ministério da Educação, a DGPOG e a Uni-CV, mas sempre nos deparamos com descaso”, afirmou Jair Martins, acrescentando que mesmo com os programas já em uso nas escolas secundárias, o pagamento pelos serviços prestados ainda não foi feito.

“Ficamos a saber por terceiros que os programas por nós concebidos foram entregues a instituições portuguesas, que estão agora a ministrar formação aos professores nas escolas secundárias de Cabo Verde sobre a utilização desses conteúdos, como se tivessem sido essas equipas portuguesas a definir os temas”, disse Martins, advertindo que, caso a informação seja confirmada, isso configura um caso de plágio.

Além disso, Agostinho Monteiro, também parte integrante do grupo, revelou que, segundo informações que obteve, a Ficase (Fundação Cabo-verdiana de Acção Social Escolar) já tem o montante necessário para efectuar os pagamentos, mas a transferência ainda não foi realizada devido à alegação do Ministério das Finanças de que o pagamento não poderia ser efectuado porque não foi realizado um concurso.

Agostinho Monteiro avançou ainda que, no caso do programa do 9º ano, o pagamento foi parcial, com 70 % já pagos e os 30 % restantes ainda pendentes, o que equivale a cerca de 3 mil contos.

Relativamente ao programa do 10º ano, o pagamento integral ainda está por fazer, somando cerca de 15 mil contos que será dividido a todos os envolvidos na elaboração e validação dos programas.

“Nós temos cerca de 3 milhões de escudos que estão a faltar em relação aos programas do 9º ano, e em relação aos programas do 10º os 100% correspondem a aproximadamente 15 milhões de escudos cabo-verdianos”, afirmou.

Os professores afirmaram ainda que, desde que a situação entrou em impasse, seus esforços para obter respostas das instituições envolvidas têm sido “infrutíferos”.

Alertaram ainda que, caso a questão não seja resolvida até o final deste ano, vão recorrer a instâncias judiciais para contestar a implementação do programa nas escolas secundárias.

A Semana com Inforpress

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Colunistas

Opiniões e Feedback

David Dias
8 days 17 hours

Todos querem ser escritores. Todos, todos, todos.

António
10 days 16 hours

Descilpem, mas os antigos reformados não vivem assim, pois pensões não foram atualizadas.

António
18 days 15 hours

Quando as eleições terminarem fiscalize essas construções em russ estreitas e que são autenticas autenticas bombas

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