Quando alguém desiste de começar, ele encolhe o seu mundo e o sentido da sua existência. Desistir de começar é desistir de si próprio no sentido mais amplo do termo, porque significa dizer não à sua própria essência e ao mundo no qual se encontra inserido. Aceitar começar sempre é dar sentido à sua existência; aquele que, simplesmente resolve parar de começar, transforma a sua existência em um fantasma, não apenas invisível, mas também imperceptível.
Por José João Neves Barbosa Vicente*
Portanto, para dar sentido à sua existência, nunca pare de começar. Aquele que pretende transformar a sua breve vida em algo longo, abrangente e profundo, precisa estar sempre pronto e disposto a começar. Começar é viver e dizer que faz sentido existir. É não desistir de si próprio e nem dar as costas para o mundo. Começar é optar por caminhar sempre na luz e se abrir para o diálogo; desistir de começar pode ser um passo para a escuridão e solidão.
Não se pode abrir mão do começar, ele é uma força que alimenta a vida e a existência. Aquele que se coloca na condição de começar, não pode abrir mão de realizá-lo de forma livre. O começar tem seu valor próprio e alcança seu verdadeiro resultado ou objetivo, quando é realizado de forma livre. Não há começar sem a liberdade. E se aquele que comece é um ser único e singular, isso significa que cada começar é também único e singular em sua essência. Portanto, não pare, comece, viva.
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*Professor da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB)
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